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Política e Economia

Oposição venezuelana recusa diálogo de paz com Maduro e impõe condições

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Segundo a MUD (Mesa de Unidade Democrática), é necessária a participação de um terceiro elemento neutro da conversa

Marina Terra

2014-02-26T20:00:00.000Z

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Os partidos da oposição venezuelana reunidos em torno da MUD (Mesa de Unidade Democrática) disseram que não irão participar de diálogo de paz proposta pelo presidente Nicolás Maduro e que começaria nesta quarta-feira (26/02). Após a escalada da violência no país, desatada após uma marcha opositora em Caracas terminar com três mortos e mais de 60 feridos, o chefe de Estado propôs a criação de uma "conferência de paz" no sábado (22/02.

Efe (20/02/2013)

Capriles: "Como alcançar a paz, como poder resolver uma situação de conflito? É preciso ter vontade, não se trata de reuniões"

Em carta, a MUD diz que não irá participar de um "simulacro de diálogo que irá desembocar em uma gozação com nossos compatriotas". Assinado pelo secretário-executivo da MUD, Ramón Guillermo Avaledo, o texto afirma que o diálogo proposto pelo governo não tem as condições adequadas, devido à situação atual.

"A situação do país é grave. Hoje a convivência está seriamente alterada pelos fatos conhecidos dos quais vocês e nós temos leituras divergentes e que, fundamentalmente, estão no âmbito de responsabilidade do governo. Mas o quadro econômico e social é ainda mais exigente que essa crise aguda de protestos e repressão desmedida com a participação de civis armados convocados pelas autoridades", aponta a carta.

A MUD ainda exige que, para acontecer um diálogo, existem condições, com uma conversa estabelecidade em termos "previamente determinados, com uma agenda de assunto relevantes ao interesse nacional e com a participação de um terceiro de boa fé, nacional ou internacional, que facilite, garanta, e, se necessário, medie, para que esse diálogo seja frutífero. Essa é nossa vontade e essa é nossa proposta. O Executivo Nacional tem a palavra".

Efe (25/02/2013)

Opositores que montavam barricadas no bairro de Altamira, no município de Chacao, na Venezuela

Em entrevista dada a uma rádio, Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda e um dos dirigentes opositores, afirmou que "o governo fala de diálogo, fala de paz, mas não pode ser um apelo vazio, sem conteúdo. Como alcançar a paz, como poder resolver uma situação de conflito? É preciso ter vontade de fazer, não se trata de reuniões nem de ir ao Palácio de Miraflores para ficar bem na fotografia, ou escutar um discurso".

Reação

Após a divulgação da carta, o presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, escreveu em sua conta no Twitter: "Confirmado: a MUD não quer paz, decidiram não comparecer ao convite do companheiro Presidente, só o que os move é o cálculo politiqueiro". Em seguida, ele afirmou: "Como uma palavra tão linda: PAZ, provoca tanta reação de rechaço da dirigência opositora?. Fica claro que toda a MUD está no golpe".

No dia 22, Maduro convocou todos os setores sociais e políticos do país para que instalem uma Conferência Nacional de Paz, que seria colocada em andamento hoje.

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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