Giovanni Pantoja , membro da GNB (Guarda Nacional Bolivariana), foi morto com um tiro durante uma manifestação em Valencia, Estado de Carabobo, denunciou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (28/02). O assassinato aconteceu enquanto o policial procurava desfazer uma barricada montada em uma das ruas da cidade. Ontem, durante protesto no bairro de Altamira, no município de Chacao, 41 manifestantes da oposição, entre eles oito estrangeiros, foram detidos.
De acordo com o governo, os estrangeiros estariam sendo procurados por “terrorismo internacional”.
Efe
Membros da Guarda Nacional Bolivariana, corpo policial designado para atuar nas manifestações na Venezuela
De acordo com Maduro, Pantoja foi vítima de uma emboscada. No episódio, duas pessoas ficaram feridas. “Giovanni Pantoja foi ferido no olho, a bala. Estão procurando violência e guerra civil”, afirmou o presidente durante a segunda sessão da Conferência Nacional de Paz.
“Tudo parece indicar que foram grupos armados em Valencia, con franco-atiradores. Por sorte, temos uma polícia científica que tem todos os mecanismos para lidar com esses grupos de sicários e assassinos que andam por aí treinados, destando a violência para conseguir manchetes pelos mundo e irritar nosso povo”, disse Maduro.
Desde 12 de fevereiro, quando um protesto formado por estudantes opositores terminou com um saldo de três mortos e dezenas de feridos, a Venezuela vive episódios de violência em alguns estados, principalmente em Caracas, Táchira e Carabobo. Até o momento 17 pessoas foram mortas e há mais de 200 feridos.
Na manifestação de ontem, em Altamira, a fotógrafa italiana Francesca Commi, do jornal local El Nacional, foi presa e, de acordo com o consulado italiano, corre o risco de ser deportada. O jornalista norte-americano Andrew Rosati, colaborador do Miami Herald, foi preso e solto cerca de meia hora depois.
Efe
Manifestantes durante protesto opositor na Praça França, em Altamira, município de Chacao. Mais de 40 pessoas foram presas
As autoridades não confirmaram as detenções, nem divulgaram detalhes sobre os estrangeiros detidos na praça Altamira. O prefeito de Chacao, Ramón Muchacho, disse no Twitter que “foram atendidos três pacientes provenientes de Altamira, dois por tiros e um com contusões”.
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