Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

Projeto de estudantes de letras dá aulas de português para refugiados em SP

Encaminhar Enviar por e-mail

Objetivo do MemoRef, criado dentro da Unifesp, é integrar culturas com encontros semanais e gratuitos: 'vamos ensinar o que é feijoada também'

Camila Alvarenga

2015-09-04T12:00:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

“Nós vamos ensinar português, mas vamos ensinar o que é coxinha e feijoada também”. É assim que Ingrid Candido, uma das criadoras do Memorial Digital do Refugiado (MemoRef), define as aulas do projeto, que começaram na quarta-feira (02/09).

Criado por seis alunos da graduação do curso de letras da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o MemoRef tem o intuito de dar assistência a refugiados recém-chegados ao Brasil por meio de aulas de português e atividades culturais para promover a integração à comunidade. O projeto também pretende criar um banco de dados a partir dos resultado das experiências para futuros estudos acadêmicos.

Acervo MemoRef

Primeiro dia de aula do projeto MemoRef

O  programa MemoRef surgiu de uma iniciativa da estudante Marina Reinoldes, que já dava aulas de língua para refugiados na ONG Oásis Solidário e estava a par da situação dos estrangeiros no Brasil. Na ONG, ela se deu conta de que era necessário abrir mais turmas, pois as existentes não davam conta de  todos os alunos. Por conta disso, levou a ideia para o âmbito universitário: foi assim que surgiu o MemoRef, projeto do qual é coordenadora, junto com as também idealizadoras Beatriz Silva Rocha e Ingrid Candido.

"Não é uma caridade, não estamos fazendo isso porque temos dó de alguém. Vimos um problema e decidimos intervir”, diz Ingrid, na entrevista que as três concederam a Opera Mundi.


Para colocar o MemoRef em prática, o grupo contou com o apoio da direção acadêmica da Unifesp, da rede Cáritas Brasileira — entidade de auxílio a refugiados — e com o financiamento do Prêmio Procultura Estudantil Unifesp 2015, prêmio anual que seleciona os melhores projetos e atividades culturais que reflitam sobre o espaço universitário como fonte de cultura. O dinheiro do prêmio também permitiu ao grupo desenvolver um livro didático, Recomeçar: língua e cultura brasileira para refugiados, que foi presentado a  cada um dos alunos na primeira aula.

Refúgio no Brasil

De acordo com dados de 2014 do Conare (Comitê Nacional de Refugiados), órgão ligado ao Ministério da Justiça, existem 7.289 refugiados de 81 nacionalidades diferentes no Brasil e foram feitas 8.302 solicitações de refúgio no período.

Acervo MemoRef

Livro didá tico "Recomeçar", escrito pelas aluna Marina Reinoldes, Beatriz Silva Rocha e Ingrid Caroline Albuquerque Candido

Para ter o pedido aceito, os estrangeiros devem esperar o atendimento da Polícia Federal, que costuma demorar meses. A partir de então, recebem uma carteira de trabalho provisória e precisam buscar um emprego sabendo falar muito pouco ou nada de português.

Cientes dessa  situação, as alunas da Unifesp acreditam que é necessário humanizar os refugiados, enxergá-los além dos números. "É importante perceber que são seres humanos que precisam do nosso apoio para sobreviver", ressaltou Marina.

Após a primeira aula do MemoRef, o sentimento das idealizadoras é de gratidão. “Hoje, oficialmente, o projeto saiu do papel. Pegamos o livro, o papel, a caneta e, mais uma vez, todo o nosso amor. Entramos na sala e recebemos nossos guerreiros e guerreiras. A gratidão deles é a maior recompensa que temos. O resto é dispensável.”, finalizou.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Maioria dos norte-americanos apoia restrições a armas, diz pesquisa

Encaminhar Enviar por e-mail

Levantamento foi realizado após massacre em escola do Texas que ocorreu em 24 de maio

Redação

ANSA ANSA

Washington (Estados Unidos)
2022-05-26T21:35:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Uma pesquisa divulgada na última quarta-feira (25/05) aponta que a maioria dos americanos quer leis mais rígidas sobre armas de fogo.

A sondagem foi realizada pelo instituto Ipsos para a agência Reuters e chega na esteira do massacre em uma escola de Uvalde, no Texas, que deixou 19 estudantes e dois professores mortos na última terça (24/05).

O ataque foi cometido pelo jovem Salvador Ramos, que comprara as armas legalmente após ter completado 18 anos de idade.

De acordo com a pesquisa, 84% das pessoas defendem a checagem de antecedentes na venda de qualquer tipo de armas de fogo, enquanto 70% são favoráveis a leis que permitiriam o confisco de armamentos de indivíduos considerados como ameaça à segurança pública.

Fibonacci Blue/Flickr
Protesto pelo controle de armas em Minnesota, nos EUA, em 7 de março de 2018

Além disso, 72% apoiam o aumento da idade mínima para comprar armas de 18 para 21 anos. Por outro lado, apenas 35% dos entrevistados disseram estar confiantes de que o Congresso vai tomar medidas para restringir o acesso a armas.

A sondagem também mostrou que 54% das pessoas acreditam que portar uma arma é a melhor maneira de se proteger de um tiroteio, enquanto 45% apoiam que professores e funcionários de escolas básicas andem armados.

No próximo dia 11 de junho, a capital Washington deve ser palco de um grande protesto em defesa da restrição do acesso a armas de fogo, convocado pelo movimento March for Our Lives (Marcha pelas Nossas Vidas), fundado em 2018, após o massacre que deixou 17 mortos em uma escola de Parkland, na Flórida. 

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados