Atualizada às 14h33
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, votou neste domingo (22/11) de manhã, em Río Gallegos, no segundo turno das eleições que vão definir seu sucessor. Segundo ela, o fato de o país estar votando “em paz” é “histórico”.
“Assistimos a um momento histórico. Nunca havíamos tido um ato eleitoral nestas condições, com muito burburinho, mas com as ruas em paz, com as pessoas trabalhando, tirando férias. Nunca tivemos um período de governo com essa realidade de constância econômica e de progresso. Se, em 2003, não tivesse vencido a chapa [Néstor]Kirchner-[Daniel] Scioli, acreditam que teríamos tido esses 12 anos que tivemos?”, disse a presidente.
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Com a possibilidade de vitória de Mauricio Macri, candidato de oposição a seu governo, Cristina disse temer “voltas atrás”, termo bastante utilizado pelo candidato oficialista, Daniel Scioli, contra seu adversário.
Fotos: Agência Efe
Cristina Kirchner votou em Río Gallegos, sul da Argentina
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“Seria muito doloroso voltar atrás com todas as conquistas e ganhos que fizemos [nós] os argentinos. Agora, o futuro vai ser o que os argentinos quiserem, nada é para sempre”, disse.
Aos eleitores, a presidente pediu que “pensassem por um instante onde e como estavam em 2003” – ano em que Néstor subiu ao poder após o fim de uma crise política que resultou na eleição indireta de Eduardo Duhalde para completar o mandato de Fernando de La Rúa, que renunciou em 2001 após uma série de protestos.
Quando questionada pelos jornalistas sobre seu futuro, a mandatária repetiu o que havia dito no primeiro turno: que militaria. “Eu sou uma militante, nunca me vi como dirigente do partido”, disse.
Macri e Scioli
Os dois candidatos também já votaram. Scioli, que votou na cidade de Tigre, na província de Buenos Aires, se mostrou otimista e pediu aos argentinos que votassem “com consciência, como disse o papa Francisco”.
“Confio muito no povo argentino”, disse, sob gritos de “Se sente, se sente, Scioli presidente”, sobre a disputa com o conservador Macri, que as pesquisas mostram como favorito.
Scioli votou em Tigre, cidade da província de Buenos Aires, e disse que “confia no povo argentino”
Já Macri, que votou em um colégio da capital Buenos Aires, também classificou esta eleição de “dia histórico”. Segundo ele, hoje representa “o começo de uma nova etapa na Argentina”.
“Amanhã, aconteça o que acontecer, vamos estar todos juntos”, disse Macri, enquanto simpatizantes gritavam “Se sente, se sente, Mauricio presidente”.
Já Macri votou na cidade de Buenos Aires; “aconteça o que acontecer, vamos estar juntos amanhã”, disse