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Política e Economia

Hoje na História - 1453: Constantinopla é tomada pelos turcos

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Hoje na História - 1453: Constantinopla é tomada pelos turcos

Max Altman

2010-05-29T09:05:00.000Z

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Em 29 de maio de 1453, a cidade de Constantinopla, capital do Império Bizantino desde o ano de 395, cai nas mãos do sultão otomano Mehmet II, após um sítio de diversas semanas. Desde o século XIV, que os turcos otomanos haviam se apoderado de grande parte da península balcânica. Esta vitória corta o Ocidente de suas raízes greco-romanas e orientais. A cidade seria rebatizada de Istambul e atingiria seu apogeu sob o reinado de Solimão I, o Magníico (1520-1566).
 
Constantinopla era, até o momento de sua queda, uma das cidades mais importantes no mundo. Localizada no estreito do Bósforo entre o mar Negro e o mar de Mármara, funcionava como uma ponte para as rotas comerciais que ligavam a Europa à Ásia por terra. Também era o principal porto nas rotas que iam e vinham entre o mar Negro e o mar Mediterrâneo. Para explicar como uma cidade deste porte caiu em mãos estrangeiras, é preciso uma explicação histórica.

A partir do século III, o centro administrativo do Império Romano tendia a voltar-se mais para o Oriente, por múltiplas razões. Primeiro pela necessidade de defesa das fronteiras orientais; depois porque o oriente havia se tornado a parte econômica mais vital do domínio romano; por fim Roma era uma cidade rica de vestígios pagãos, o que era inconveniente num império cristão. Desse modo Constantino decretou a construção de uma nova capital, onde ficava a antiga fortaleza grega de Bizâncio, ponto de grande importância estratégica. A nova cidade recebeu o nome de Constantinopla, "cidade de Constantino" e foi concebida como uma "nova Roma". Rapidamente se tornou o centro político e econômico do Império. Sua criação teve repercussões também no plano eclesiástico: enquanto em Roma a Igreja Católica adquiriu mais autoridade, em Constantinopla o poder civil controlou a Igreja.
 
O declínio do Império Bizantino decorre principalmente da expansão dos turcos seljúcidas e dos conflitos com os húngaros. Porém, a primeira vez que Constantinopla foi saqueada o foi pelos cristãos ocidentais, e não por seus inimigos tradicionais. A capital do Império Romano do Oriente foi tomada pela Quarta Cruzada em 1204. O ataque foi feito pelo mar, e a cidade foi saqueada e incendiada por três dias, e nem tesouros da Igreja Ortodoxa e supostas relíquias cristãs, riquezas acumuladas por quase 1000 anos, foram poupados.

Em 1190, a Terceira Cruzada, formada por contingentes das potências ocidentais, não recebera dos bizantinos o apoio esperado quando se dirigia à Terra Santa. Tal fato se deu porque os bizantinos, acreditando que o líder dos turcos, Saladino, principal inimigo dos cruzados instalados na Terra Santa, fosse invencível, preferiram manter a maior neutralidade possível. Outro fator era o cisma religioso existente, não aplacado pelos esforços da Igreja Católica Romana e da Igreja Católica Ortodoxa Grega. Também deve ser considerado o costume de se distribuir entre os generais e seus soldados o butim de guerra, formado pelos lendários tesouros e famosas relíquias.
 
Além disso, existia uma crise sucessória no trono bizantino, que facilitou a investida cruzada. Depois de uma revolta bizantina, em 1204 os cruzados novamente tomaram a cidade. Inaugurou-se assim o chamado Império Latino (1204-1261) com o reinado de Balduíno I (Balduíno IX, Conde da Flandres) . Parte dos territórios bizantinos foram divididos entre os chefes da cruzada, formando-se os reinos independentes católicos na região de Tessalônica, Trebizonda, Épiro e Nicéia. Os bizantinos reuniram forças, e em 1261 retomaram Constantinopla e restabeleceram seu domínio sobre a Península Balcânica. Mas agora governavam um império depauperado economicamente e sem o apoio da Igreja Católica, que perdurou até 1453.

Mesmo antes da Quarta Cruzada, o Império Bizantino vinha, havia muitos séculos, perdendo territórios para muçulmanos no Oriente Médio e na África. No início do século XI, uma tribo turca vinda da Ásia Central, os seljúcidas, começaram a atacar e ganhar territórios bizantinos na Anatólia. No final do século XIII, os seljúcidas já haviam tomado quase todas as cidades gregas da Anatólia. Nesta época, um clã semi-nômade turco teria migrado do norte da Pérsia para o oeste. O líder desse clã chamava-se Osman I ou Othman, daí porque esses turcos passaram a ser conhecidos como "otomanos".

A queda de Constantinopla teve grande impacto no Ocidente. Os cronistas da época confiavam na resistência das muralhas e achavam impossível que os turcos pudessem superá-las. Chegou-se a iniciar conversações para uma nova cruzada para liberar Constantinopla do jugo turco, mas nenhuma nação quis ceder tropas naquele momento. Para os historiadores em geral a Queda de Constantinopla marcou o fim da Idade Média.
 
Com Constantinopla sob domínio muçulmano, o comércio entre Europa e Ásia declinara subitamente. Nem por terra nem por mar os mercadores cristãos conseguiriam passagem para as rotas que levavam à Índia e à China, de onde provinham as especiarias e artigos de luxo.

As nações européias iniciaram projetos para o estabelecimento de rotas comerciais alternativas. Portugueses e espanhóis aproveitaram sua posição geográfica junto ao Oceano Atlântico e à África para tentar um caminho ao redor deste continente para chegar à Índia. Já Cristóvão Colombo via uma possibilidade de chegar à Ásia pelo oeste, através do Oceano. Com as Grandes Navegações, Portugal e Espanha, países outrora sem muita expressão, se tornaram no século XVI os mais poderosos do mundo, estabelecendo uma nova ordem mundial.


*Com informações do site forumnow

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Coronavírus

Mapa da vacinação nas Américas: veja como está a imunização contra covid-19 nos continentes

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Quantas pessoas já foram imunizadas contra o novo coronavírus na América do Norte e na América do Sul? Veja em mapas e gráficos

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-03-05T22:55:00.000Z

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Como está a vacinação nos Estados Unidos, o país com maior número de casos e mortes causadas pelo novo coronavírus? Quantas pessoas já foram imunizadas no Brasil, na Argentina e no Chile? Venezuela e Cuba já começaram a vacinar contra a covid-19? Qual o ritmo de imunização diária no Canadá e no México?

Nestes mapas e gráficos sobre a vacinação contra covid-19 na América do Norte, na América Central e na América do Sul selecionados por Opera Mundi e elaborados pelo site Our World in Data, um projeto vinculado à Universidade de Oxford, no Reino Unido, você poderá ver os dados sobre a imunização nos continentes, analisando toda a região e comparando a situação de cada país.

Os nomes dos países só estão disponíveis em inglês, mas você pode usar esta tabela como referência para traduzi-los, se precisar.


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América do Norte e Central

Países que já começaram a vacinação contra covid-19

Os países que aparecem pintados no mapa já estão vacinando. Quanto mais forte a cor, maior o número de doses já aplicadas.


Número de doses de vacina contra covid-19 já administradas (total)

Atenção: cada dose é contada como única. A maior parte das vacinas é aplicada em duas doses. 


Percentual já vacinado da população de cada país

Com ao menos uma dose:

Países onde já há pessoas totalmente imunizadas com duas doses


Percentual de pessoas por país já totalmente imunizadas com duas doses

Ritmo de vacinação diária, por país

Quantas doses cada país administrou desde dezembro de 2020 por dia, na média móvel de sete dias.


América do Sul e Caribe

Número de doses de vacina contra covid-19 já administradas (total)

Atenção: cada dose é contada como única. A maior parte das vacinas é aplicada em duas doses. 

Percentual já vacinado da população de cada país

Com ao menos uma dose:

Países onde já há pessoas totalmente imunizadas com duas doses

Percentual de pessoas por país já totalmente imunizadas com duas doses

Ritmo de vacinação diária, por país

Quantas doses cada país administrou desde dezembro de 2020 por dia, na média móvel de sete dias.

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