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Política e Economia

Conspiração revelada em conversa de Jucá 'parece, soa e cheira' a golpe, diz The Intercept

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Segundo o site, declarações vazadas do ministro de Michel Temer devem levar imprensa a considerar o uso da palavra 'golpe' na cobertura sobre o caso

Redação

2016-05-23T20:21:00.000Z

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Um artigo publicado nesta segunda-feira (23/05) pelo site norte-americano The Intercept sustenta que a divulgação das conversas do ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer, Romero Jucá (PMDB-PR), “acendem uma luz” sobre os reais motivos e agentes do processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e devem levar toda a imprensa a considerar o uso da palavra “golpe” na cobertura sobre o caso.

“Um golpe parece, soa e cheira exatamente como esta recém revelada conspiração: assegurando a cooperação dos militares e das instituições mais poderosas para remover uma presidente democraticamente eleita por motivos egoístas, corruptos e ilegais, para então impor uma agenda a serviço das oligarquias e rejeitada pela população”, afirma o texto.

Antônio Cruz/ Agência Brasil

Em conversas reveladas pela Folha de S.Paulo, Romero Jucá defende um pacto político para deter o avanço da Operação Lava-Jato

Em reportagem publicada nesta segunda-feira (23/05) pelo jornal Folha de S.Paulo, Jucá aparece em diálogos com o ex-presidente da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras e alvo da Lava-Jato, Sérgio Machado. Nas conversas, gravadas no começo de março, antes da aprovação do processo de impeachment de Dilma pela Câmara dos Deputados, Jucá defende um "pacto político" para tirar Dilma da Presidência e assim deter o avanço da Operação Lava-Jato.

Segundo o texto do The Intercept, assinado por Glenn Greenwald, Andrew Fishman e David Miranda, as conversas “acendem uma luz a respeito dos reais motivos e agentes do impeachment da presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff”.

“As transcrições contêm duas revelações extraordinárias que podem levar toda a imprensa a considerar seriamente chamar o que aconteceu no país de 'golpe', um termo que Dilma e seus apoiadores vem usando por meses”, diz o artigo.

Uma das revelações, de acordo com o texto, é a afirmação de Romero Jucá de que as Forças Armadas apoiam a “conspiração” contra Dilma. A segunda e “talvez mais significante”, segundo os jornalistas do Intercept, é a do envolvimento de juízes do STF (Supremo Tribunal Federal) no processo para destituir Dilma.

Os jornalistas dizem que as duas primeiras semanas do governo de Michel Temer fornecem “grandes evidências” para os argumentos sustentados pelos “apoiadores da democracia brasileira” de que o objetivo principal do impeachment não era o fim da corrupção ou punição para os envolvidos, e sim o contrário.

Um exemplo, segundo o artigo, foi a nomeação feita por Temer de ministros diretamente envolvidos em casos de corrupção. O próprio presidente interino, aponta o texto, “está profundamente implicado em casos de corrupção” e enfrenta a possibilidade de se tornar inelegível pelos próximos oitos anos devido a irregularidades com a Justiça Eleitoral.

De acordo com o Intercept, “[Michel Temer] está correndo para implementar uma série de mudanças de direita e orientadas para as oligarquias do país, que o Brasil jamais permitiria democraticamente”, como alterações na definição de trabalho análogo à escravidão, reversão de demarcações de terras indígenas e corte no programa Minha Casa Minha Vida.
 

No entanto, segundo os jornalistas, as conversas de Jucá não são “meras evidências”, e sim "provas de que as principais forças por trás da remoção da Presidente entenderam que removê-la era o único meio de se salvarem e de evitarem que sejam responsabilizados por sua própria corrupção”, indica o artigo.

Eles afirmam que a justificativa de Jucá de que as conversas foram retiradas de contexto “não é minimamente razoável à luz do que ele disse na gravação,  bem como da explícita natureza conspirativa da conversa”.

Os jornalistas indicam também que as transcrições “compelem a um reexame” da decisão editorial do Intercept, que até agora se absteve de empregar a palavra “golpe” para denominar o processo de impeachment de Dilma.

O texto diz também que conteúdos divulgados dificultarão a permanência de Temer no poder caso o impeachment de Dilma se concretize e lembra que, confome pesquisa do Ibope ,62% dos brasileiros querem novas eleições para presidente. 

“Esta opção – a opção democrática – é a solução mais temida pelas elites do Brasil, porque elas estão apavoradas (com bons motivos) com a possibilidade de que Lula ou outro candidato que as desagrade (Marina Silva) possam ganhar”, diz o artigo.

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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