Cuba se prepara para evitar chegada de óleo vazado no Golfo do México
Cuba se prepara para evitar chegada de óleo vazado no Golfo do México
A 58 dias da explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, Cuba começou a se preparar para lidar com a eventual chegada de petróleo nas costas da ilha, como consequência do acidente ambiental. O vazamento, considerado o pior da história dos EUA, acontece desde o dia 20 de abril e não tem previsão para ser solucionado.
"Nós estamos nos preparando para fazer tudo o que estiver a nosso alcance e, evidentemente, aceitaremos apoio daqueles que têm mais experiência com isso. Não há outra solução”, disse o vice-ministro de Defesa cubano, general Ramón Espinosa, citado pela agência de notícias venezuelana ABN (Agência Bolivariana de Notícias).
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Até agora, as populações afetadas são da Luisiana, do Mississípi, do Alabama e da Flórida (estados que têm litoral no golfo). Mas projeções da Guarda Costeira dos EUA consideram inevitável que as correntes do golfo levem petróleo para a ilha. A costa cubana fica a 145 quilômetros da Flórida e, atualmente, as manchas de petróleo estão a 160 quilômetros ao noroeste do país. Diariamente, cerca de 800 mil litros de petróleo vazam do Golfo do México.
As praias de Cuba são uma das principais atrações turísticas do país, além de serem habitat de vários animais, alguns ameaçados de extinção.
"Seria uma desgraça para Cuba, mas estamos nos preparando”, disse o vice-ministro, durante VIII Congresso Internacional sobre Desastres, que acontece entre esta terça (15/6) e sexta-feira (18/6) em Havana, do qual participam 350 delegados de 37 países.
Algumas das medidas de prevenção empregadas por Cuba serão a vigilância da costa e treinamento para a população que vive em regiões que podem ser afetadas, disse o chefe de Defesa Civil de Cuba, general Ramón Pardo, segundo a agência de notícias cubana Prensa Latina.
Experiência
De acordo com Espinosa, Cuba precisa de mais experiência para enfrentar o derramamento de petróleo e contará com apoio da Venezuela. No passado, o país caribenho recolheu pequenas manchas de petróleo causadas por navios que estavam perto de sua costa.
O chefe de Defesa Civil de Cuba afirmou que as equipes de especialistas venezuelanos já estão indo a Cuba para ajudar no processo de preparação.
"Os venezuelanos são especialistas, estão há 100 anos explorando petróleo. Nós não temos tanto e, seguramente, temos que aproveitar essa experiência”, disse.
Monitoramento
Ainda não há operações de exploração de petróleo no litoral de Cuba. A empresa espanhola Repsol YPF tem previsão de começar as perfurações entre o final de 2010 e o início de 2011.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, os governos de Havana e Washington estão em contato, por meio da Seção de Interesse dos EUA em Havana, para monitorar o avanço do vazamento.
Maioria dos norte-americanos apoia restrições a armas, diz pesquisa
Levantamento foi realizado após massacre em escola do Texas que ocorreu em 24 de maio
Uma pesquisa divulgada na última quarta-feira (25/05) aponta que a maioria dos americanos quer leis mais rígidas sobre armas de fogo.
A sondagem foi realizada pelo instituto Ipsos para a agência Reuters e chega na esteira do massacre em uma escola de Uvalde, no Texas, que deixou 19 estudantes e dois professores mortos na última terça (24/05).
O ataque foi cometido pelo jovem Salvador Ramos, que comprara as armas legalmente após ter completado 18 anos de idade.
De acordo com a pesquisa, 84% das pessoas defendem a checagem de antecedentes na venda de qualquer tipo de armas de fogo, enquanto 70% são favoráveis a leis que permitiriam o confisco de armamentos de indivíduos considerados como ameaça à segurança pública.

Fibonacci Blue/Flickr
Protesto pelo controle de armas em Minnesota, nos EUA, em 7 de março de 2018
Além disso, 72% apoiam o aumento da idade mínima para comprar armas de 18 para 21 anos. Por outro lado, apenas 35% dos entrevistados disseram estar confiantes de que o Congresso vai tomar medidas para restringir o acesso a armas.
A sondagem também mostrou que 54% das pessoas acreditam que portar uma arma é a melhor maneira de se proteger de um tiroteio, enquanto 45% apoiam que professores e funcionários de escolas básicas andem armados.
No próximo dia 11 de junho, a capital Washington deve ser palco de um grande protesto em defesa da restrição do acesso a armas de fogo, convocado pelo movimento March for Our Lives (Marcha pelas Nossas Vidas), fundado em 2018, após o massacre que deixou 17 mortos em uma escola de Parkland, na Flórida.