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Política e Economia

Violência contra palestinos em Gaza 'não é confronto, é massacre', diz especialista

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Para Reginaldo Nasser, professor de relações internacionais da PUC-SP, nenhuma potência irá apoiar Palestina: 'Israel tem um exército poderoso e o apoio dos Estados Unidos, ninguém vai fazer nada'

Redação

2018-05-15T14:55:00.000Z

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A mudança da Embaixada dos EUA em Israel para a cidade de Jerusalém intensificou os protestos de palestinos e a violenta repressão do exército israelense. Nesta segunda-feira (14/05), véspera da Nakba, data que marca a expulsão dos palestinos do território, 60 manifestantes foram mortos pelas Forças Armadas de Israel, e mais de mil ficaram feridos na cerca que separaos dois territórios. Opera Mundi conversou nesta terça (15/05) com o professor de Relações Internacionais da PUC-SP Reginaldo Nasser, que afirmou que o que acontece em Gaza não poderia ser chamado de confronto, mas, sim, de "massacre”.

Opera Mundi: Por que não é possível falar de 'confronto' nos episódios de violência em Gaza?
Reginaldo Nasser:
Existe uma fronteira, existem cercas, barreiras de concreto e trincheiras entre os dois territórios. Então eles não se encontram fisicamente. Se de um lado existe um dos mais poderosos exércitos do mundo, com snipers, drones, armas sofisticadas, e de outro lado existem pneus, pedras e paus, é impossível ter confronto. Isso se chama massacre. Sessenta pessoas mortas e mais de mil feridos do lado dos palestinos, e Israel não tem nenhum morto e ferido. Portanto é impossível isso ser um confronto. Essa questão nem se coloca. É muito difícil achar alguém fora do Brasil que chame isso de confronto. Nenhum jornal do mundo mostrou algum palestino ao menos com uma [pistola de calibre] 38.

Reprodução

"Alguma grande potência vai apoiar a Palestina? Não. Israel tem um exército poderoso e o apoio dos Estados Unidos, ninguém vai fazer nada", diz Nasser

OM: Que consequências pode sofrer o Estado de Israel após as 60 mortes decorrentes da violência na cerca?
RN: Não vai acontecer nada. Política internacional é correlação de forças. Alguma grande potência vai apoiar a Palestina? Não. Israel tem um exército poderoso e o apoio dos Estados Unidos, ninguém vai fazer nada. Muitos governos árabes também continuarão a apoiar o Estado israelense. O Conselho de Segurança da ONU foi feito para agir com as potências. Até hoje, nunca houve uma solicitação de um possível acordo de paz no território e, se fosse cogitado, iria ter o veto dos Estados Unidos. Você pode ter as declarações de embaixadores e alguns líderes que condenam a repressão e o Exército de Israel, mas a Palestina não tem um grupo de países que ofereça ajuda.

OM: De que forma a mudança da embaixada norte-americana se relaciona com a repressão israelense em Gaza?
RN: A própria mudança da embaixada já é um ato simbólico, um ato de provocação por parte dos Estados Unidos. Fazer isso durante a Nakba é deliberadamente querer o conflito. Esse massacre é interessante para os Estados Unidos pois, além de existirem grupos econômicos que apoiam Donald Trump e suas medidas, o governo consegue desviar a atenção dos seus problemas internos para as questões no Oriente Médio.

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Coronavírus

Primeiro carregamento de oxigênio sai nesta sexta da Venezuela e deve chegar a Manaus até domingo

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Serão enviados dois caminhões com cilindros de oxigênio com escolta militar até a fronteira com o Brasil

Fania Rodrigues

Caracas (Venezuela)
2021-01-15T23:07:00.000Z

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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, informou com exclusividade a Opera Mundi na noite desta sexta (15/01) que o primeiro carregamento de oxigênio para o Amazonas já foi autorizado e será despachado ainda hoje para o Brasil.

A carga vai sair da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela vai ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O ministro venezuelano informou ainda que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”, o que impede, segundo ele, de precisar a quantidade fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas
Carregamento de oxigênio da Venezuela sai nesta sexta do país e deve chegar a Manaus até domingo

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo com Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

A Venezuela possui uma das menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, portando a assistência ao Brasil não afeta sua situação interna. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

Além disso, o país já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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