A FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular) reiterou neste domingo (11/7) como seu objetivo prioritário conseguir a convocação de uma Assembléia Constituinte para modificar a Carta Magna e modificar a política de Honduras.
“Precisamos um estado de direito, não um estado de direita com privilégios para uns poucos”, disse a dirigente do Partido Liberal e deputada do Parlamento Centro-americano, Glória Oquelí, ao assistir à instalação da Primeira Assembléia Nacional do FNRP.
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O FNRP, que surgiu após golpe de Estado do 28 de junho de 2009 contra o governo de Manuel Zelaya, está integrado por organizações sindicais, camponesas, indígenas, humanitárias, de intelectuais e políticos que condenaram a ruptura institucional.
“Temos que construir um projeto político participativo, com metas e objetivos claros”, disse Oquelí durante a reunião celebrada na cidade de Tocoa, do departamento de Colón, da qual participaram membros e simpatizantes da Frente de todo o país.
Até então, o FNRP já recolheu mais de 650 mil assinaturas para exigir não só a convocação da Assembléia Constituinte, mas também a volta do ex-presidente Zelaya a Honduras. De acordo com o representante da comissão para a consulta popular, Eulogio Chávez, o processo tem sido bem sucedido graças ao trabalho voluntário realizado por ativistas em bairros, colônias, e cidades dos 18 departamentos.
A meta do movimento, entretanto, é conseguir um 1.200.000 adesões para modificar a Carta Magna a fim de garantir os direitos de todos os hondurenhos e democratizar a vida política, econômica, cultural e social.
A Constituição, vigente desde 1982, contém sete artigos que não se podem modificar, o qual impossibilita a realização mudanças para eliminar a desigualdade, em um país onde só dez famílias controlam 90% das riquezas.
Como resultado das políticas neo-liberais aplicadas durante os últimos anos, Honduras é hoje, após o Haiti, o país mais atrasado do hemisfério ocidental, com mais de 70% da população vivendo na pobreza.
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