A Procuradoria Geral da República do México prendeu um homem acusado de participar do sequestro e homicídio dos 72 imigrantes latino-americanos descobertos na terça-feira passada no estado de Tamaulipas, informou hoje (30/8) a imprensa local.
Eduardo Rico Pérez, de 18 anos, se fez passar por menor de idade ao ser detido por militares depois de um enfrentamento nas proximidades da fazenda no município de San Fernando onde os cadáveres foram encontrados.
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Segundo informações do jornal Milenio, o jovem faria parte do grupo criminoso Los Zetas, que teria cometido os assassinatos. Ele foi preso através de uma medida cautelar de 40 dias e submetido a diversos exames, inclusive médicos.
As autoridades mexicanas encontraram os 72 corpos — entre os quais há pelo menos 14 hondurenhos, 12 salvadorenhos, quatro guatemaltecos e um brasileiro, além dos documentos de outro cidadão do país — depois que o equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla escapou da chacina.
Ele foi ferido no episódio, na terça-feira, mas se fingiu de morto para escapar ao “tiro de misericórdia” e conseguiu chegar às autoridades. Membros das Forças Armadas foram ao local da denúncia do sobrevivente e houve um enfrentamento com os criminosos, após o qual Pérez foi preso. Na mesma ação, teriam morrido um militar e dois supostos agressores.
Diplomatas dos cinco países envolvidos no caso trabalham junto ao governo local para adiantar os serviços de identificação e translado das vítimas — 58 homens e 14 mulheres. Os mexicanos se comprometeram a “agilizar a identificação e a entrega” dos restos mortais.
Ontem, a Procuradoria anunciou que assumiria a investigação do caso devido a este ter sido um crime federal. Ainda no fim de semana, as autoridades anunciaram terem prendido o chefe do cartel Los Zetas em Monterrey, estado de Nuevo León, Juan Francisco Zapata Gallegos — conhecido como “El Billy” e “El Pelón”.
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