Os sindicatos de trabalhadores e o movimento indígena do Equador, junto a outros grupos da sociedade civil organizada, convocaram neste sábado (05/10) uma greve a nível nacional para o próximo dia 9 de outubro e anunciaram um estado de mobilização permanente até que o presidente do país, Lenín Moreno, desista do pacote de arrocho econômico anunciado nesta semana.
“As organizações sociais ratificamos a convocatória para a grande greve nacional do próximo dia 9 de outubro, sem deixar de renunciar às atividades que estão acontecendo nas diferentes províncias”, disse o vice-presidente da Frente Unitária de Trabalhadores (FUT), José Villavicencio.
Para a FUT, as medidas de arrocho anunciadas por Moreno após um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) são um “prêmio” aos empresários e aos bancos.
Por sua vez, o presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Jamie Vargas, anunciou que os indígenas ficarão paralisados de maneira indefinida, mesmo com o fim da paralisação anunciado por 11 federações de transportes.
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Protestos no Equador já provocaram a prisão de pelo menos 379 pessoas
Manifestações
Os protestos no Equador começaram logo após o presidente anunciar o fim dos subsídios nos combustíveis, devido ao acordo de US$ 4,2 bilhões firmado em fevereiro com o FMI, que prevê reformas tributárias, trabalhistas e monetárias no país.
As manifestações levaram Moreno a decretar um Estado de Exceção em todo o país, por 60 dias. Pelo menos 379 pessoas foram presas desde a noite da última quinta (03/10) – dentre os quais, vários líderes dos sindicatos de transporte.
(*) Com teleSUR