O ex-presidente Evo Morales insistiu nesta quarta-feira (20/11) que a repressão dos protestos na Bolívia é um “genocídio”. O número de mortos desde o início da crise após as eleições de 20 de outubro, subiu para 32 pessoas. Ainda nesta quarta-feira, a autoproclamada presidente enviou ao Congresso lei para convocar novas eleições no país.
ABI
Em um mês, número de mortos no país [e de 32 pessoas
Novas eleições
Depois de anunciar que convocaria eleições gerais ainda nesta quarta-feira, Jeanine Áñez, autoproclamada presidente, enviou ao Congresso projeto de lei para convocar a votação. Esta é uma das principais reivindicações de vários setores da sociedade para superar a crise e a polarização do país.
“Esse projeto pode ser perfeito, gostaríamos, como governo, que seja considerado um documento base para gerar um consenso nacional”, afirmou a presidente conservadora em entrevista coletiva. O texto também propõe a eleição de novas autoridades do Tribunal Eleitoral boliviano.
O processo será observado por organismos internacionais e por outras instituições, como a Igreja católica, que vêm tentado mediar um diálogo interpartidário para agilizar uma nova disputa e definir o cronograma eleitoral.
O Senado boliviano foi convocado para esta tarde, mas tudo indica que haverá complicações nos debates entre os apoiadores do governo interino e os parlamentares leais a Evo Morales.
OEA
A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quinta-feira uma resolução em que garante apoio técnico à Bolívia “para que se dê início imediato ao processo eleitoral, em conformidade com os princípios de transparência, independência, credibilidade e confiança”. O texto pede “o fim imediato da violência” e que as autoridades garantam, “de maneira plena e irrestrita”, o respeito e a proteção dos direitos humanos.