(atualizada às 14h38)
O ministro do Exterior do Equador, Ricardo Patiño, acusou setores com “intenções golpistas” de estarem por trás da rebelião de policiais que sitiou a capital do país, Quito, nesta quinta-feira (30/9). Ao mesmo tempo, o comandante do estado-maior das forças armadas, Luis Ernesto González, afirmou que o protesto não é por questões salariais, e sim “interesses políticos”, e pediu que a população retorne “à calma e à tranquilidade”.
“Há setores golpistas que temos identificamos neste país, que entendemos estiveram preparando intenções para isto”, declarou Patiño, em entrevista exclusiva à rede de TV venezuelana TeleSur.
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Enquanto isso, na província de Cuenca, onde também houve revolta, o general González disse ter informações de que “alguns elementos na base aérea da Força Aérea do Equador tomaram outra atitude”, em referência à sublevação dos agentes de polícia.
“Já temos experiência de quando as forças armadas foram utilizadas com esses propósitos que não são do interesse nacional. Vamos manter-nos à margem deste episódio preocupante. Continuamos com nossos trabalhos normais”, acrescentou, citado pelo jornal equatoriano El Tiempo.
O Opera Mundi constatou que diversos websites de órgãos oficiais e veículos de comunicação do país estão fora do ar, inclusive o da própria Presidência da República e os dos maiores jornais, El Comercio e Hoy.
De acordo com a Rádio Pública equatoriana, estariam havendo saques na cidade de Guayaquil, a segunda maior do país, no litoral.
Contradições
Segundo um jornalista equatoriano entrevistado pela rede TeleSur, estaria havendo uma concentração popular no centro da capital equatoriana. De acordo com o canal, os manifestantes estariam se dirigindo ao palácio do governo, entre outros locais.
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Oficialmente, a rebelião dos policiais – que tomaram o aeroporto de Quito e fecharam as estradas que levam à cidade desde a manhã de hoje – é devida a reivindicações salariais e protesto contra uma a aprovação de uma lei que acabou com benefícios trabalhistas.
Errata: Informação atribuída a Valter Pomar estava incorreta
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