O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, foi acusado neste domingo (28/02) de assédio sexual por uma segunda ex-assessora. Uma investigação formal e independente contra o democrata deve ser aberta.
Segundo as acusações de Charlotte Bennett, 25 anos, publicadas no jornal The New York Times, o governador de 63 anos falou para ela por diversas vezes que estava “aberto” a ter relações sexuais com mulheres mais jovens e fazia perguntas em relação à vida sexual da assessora.
Em nota, Cuomo reconheceu que fez comentários que “podem ter sido insensíveis ou muito pessoais” e que eles foram “mal interpretados” não sendo uma “tentativa de sedução” das mulheres que trabalharam com ele.
“Eu entendo agora que a minha maneira de agir e que meus comentários podem ter sido insensíveis e muito pessoais. Eu sinto muito”, disse ainda o governador, negando, no entanto, as acusações de Bennett.
As acusações contra Cuomo foram consideradas graves por diversos democratas muito influentes, como a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que classificou como “sérias e críveis” as denúncias.
Mike Groll / Gabinete do Governador Andrew M. Cuomo
Duas ex-assessoras acusam governador de questionar sobre a vida sexual das colegas de trabalho
“As mulheres que fizeram as acusações sérias e críveis contra o governador Cuomo merecem ser ouvidas e tratadas com dignidade”, acrescentou Pelosi, defendendo uma investigação independente.
Quem também adotou a mesma linha foi a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, que afirmou que as denúncias devem passar “por uma revisão séria” e que foi “difícil ler” as afirmações de Bennett ao jornal.
Além de enfrentar as denúncias por assédio sexual, o democrata também está no meio de outra polêmica, dessa vez, sobre a pandemia de covid-19.
De acordo com as denúncias, que já são alvo de investigação, o governador determinou uma alteração no registro das mortes pela doença em asilos para que só fossem contadas aquelas que, de fato, ocorreram na clínica e não dos idosos que foram levados para os centros médicos. Cerca de oito mil dos 15 mil óbitos nos asilos teriam sido camuflados.
(*) Com Ansa.