O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta sexta-feira (08/03) que a “justiça foi feita” ao comemorar a anulação de todos os atos processuais da Lava Jato de Curitiba (PR) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pelo Twitter, o mandatário declarou que tais sentenças contra o petista tinham como “único propósito” a ação de perseguir e eliminar o ex-presidente da política.
“Celebro que Lula foi reabilitado em todos os seus direitos políticos. Anularam as condenações que lhe impuseram e que foram proferidas com o único propósito de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política. Justiça foi feita”, disse.
Celebro que @LulaOficial haya sido rehabilitado en todos sus derechos políticos. Se anularon las condenas en su contra que fueron dictadas con el solo fin de perseguirlo y eliminarlo de la carrera política.
Se hizo Justicia!#LulaLivre https://t.co/Hog0MqFtJg— Alberto Fernández (@alferdez) March 8, 2021
De acordo com a assessoria de Lula, o argentino ainda ligou para o ex-presidente, que agradeceu a “solidariedade sempre presente de Fernández e do povo argentino”.
Reprodução/ @alferdez
‘Condenações foram proferidas com o único propósito de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política’, disse Fernández
‘Agora conhecemos como Moro manipulava procuradores’
O presidente argentino manifestou em diversas ocasiões a imparcialidade do processo contra Lula. No final de fevereiro, Fernández participou de uma atividade comemorativa dos 41 anos do Partido dos Trabalhadores e ironizou a atuação de Sergio Moro durante o processo, apontando o fato de que o ex-ministro da Justiça foi um juiz que “andou circulando pela América Latina como um paladino da luta contra a corrupção e terminou sendo ministro da Justiça do atual governo do Brasil”.
O argentino afirmou que, agora, “conhecemos como o juiz Moro manipulava os procuradores”, em uma ação em que Lula “não pudesse” ser candidato à Presidência do Brasil em 2018 e “seguisse muito tempo processado”.
Fernández ainda disse que a condenação de Lula, assim como do ex-presidente Rafael Correa e da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, simbolizam com clareza a aplicação do lawfare na América Latina, um “mecanismo que foi implementado no Brasil e em outros lugares do continente que serviu para que a mídia e a Justiça persigam opositores ao regime político que agora governa”.
Ainda no evento, Fernández relembrou a visita que realizou em 2019, ainda como candidato à Presidência da Argentina, a Lula quando ele estava preso na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. Fernández afirmou que confiou na inocência do ex-presidente e que esse foi um dos motivos do encontro.