Mais de 10% dos passageiros e tripulantes de um voo proveniente de Nova Délhi, na Índia, que aterrissou na Itália na noite da última quarta-feira (28/04) testaram positivo para o novo coronavírus.
O avião levava 213 passageiros e 10 tripulantes, totalizando 223 pessoas, todas elas submetidas a exames PCR logo após o desembarque no Aeroporto Leonardo da Vinci, em Fiumicino, nos arredores de Roma.
Segundo o secretário de Saúde da região do Lazio, Alessio D’Amato, 25 pessoas testaram positivo para o Sars-CoV-2, incluindo 23 passageiros e dois tripulantes.
O grupo proveniente da Índia foi levado para quarentena em um quartel militar e um hotel para casos suspeitos e confirmados de covid-19. As amostras coletadas de pessoas infectadas serão analisadas pelo Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é referência no tratamento de doenças contagiosas, para saber se os casos estão ligados à variante indiana do Sars-CoV-2.
Aeroporti di Roma
Enfermeira faz teste em passageiro que desembarcou no aeroporto de Roma
A entrada de viajantes provenientes da Índia, que enfrenta o pico da pandemia de covid-19, está proibida na Itália desde o início da semana, mas há exceções para cidadãos italianos ou estrangeiros com residência fixa no país europeu.
Com quase 1,4 bilhão de habitantes, a Índia renovou nesta quinta-feira o recorde mundial de casos do novo coronavírus em 24 horas, com 379.308, e o recorde nacional de mortes em um dia, com 3.645.
Com isso, o país já contabiliza 18,4 milhões de contágios e 204.832 vítimas na pandemia. A explosão nos números da crise sanitária ocorreu após o relaxamento das restrições contra a covid e o surgimento de uma variante do vírus potencialmente mais contagiosa.
Na última quarta, o premiê italiano, Mario Draghi, anunciou o envio de um sistema de produção de oxigênio para abastecer um hospital tradicional ou de campanha na Índia.