O líder do Hamas Ismail Haniya disse que o grupo está “pronto” para responder se Israel, como prometido, aumentar seus ataques à Faixa de Gaza.
“Se eles quiserem escalar, a resistência está pronta; e se eles quiserem parar, a resistência está pronta”, disse, em um comunicado transmitido pela TV no fim da noite desta terça-feira (11/05). “Esta é a mensagem que enviamos para todos os lados e àqueles que estão envolvidos [na situação”, completou.
Ainda na terça, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que aumentaria a “potência e a frequência” dos ataques contra o enclave palestino. “Na conclusão de uma avaliação da situação, foi decidido que tanto a potência dos ataques quanto sua frequência serão aumentadas”, afirmou.
Na noite de ontem, o Hamas disparou foguetes contra Tel Aviv, maior cidade israelense. Sirenes e sistemas de escudo antimísseis de Israel foram acionados. Segundo as autoridades locais, alguns dos foguetes que foram lançados chegaram a cair nos arredores do município. Em Holon, uma área urbana ao sul de Tel Aviv, algumas pessoas ficaram feridas e um ônibus vazio também foi atingido nas imediações.
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Haniya: Hamas está “pronto” para responder se Israel aumentar ataques a Gaza
Já em Rishon Lezion, um edifício foi atingido e três mulheres morreram. Além disso, o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, suspendeu todas as suas decolagens para “permitir a defesa do espaço aéreo”.
A região de Jerusalém Oriental vem sendo palco de uma repressão de forças israelenses contra palestinos durante toda semana, que se intensificou nos últimos dois dias, depois que a polícia lançou balas de borracha e granadas de choque contra a mesquita de Al-Aqsa. Os atos de repressão já deixaram mais de 300 palestinos feridos.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 53 palestinos morreram até agora nos ataques, incluindo 14 crianças e três mulheres. Por sua vez, três israelenses morreram, de acordo com fontes do governo em Tel Aviv.
Netanyahu foi à TV e afirmou que os grupos palestinos pagariam um alto preço. “Continuamos a atacar com força total”, afirmou. Segundo o premiê, a campanha militar vai demorar. “Vamos continuar”.
As Forças Armadas de Israel anunciaram, já nesta quarta (12/05), que haviam conduzido ataques a Gaza que mataram membros sênior do Hamas e das Brigadas al-Qassam. Os grupos não confirmaram a informação, e o governo israelense não deixou claro se as mortes teriam ocorrido no bombardeio de terça a um prédio de 13 andares na Faixa.