Domingo, 13 de julho de 2025
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O senador colombiano de esquerda Ivan Cepeda em conjunto com ONGs de direitos humanos apresentaram nesta quinta-feira (13/05) uma denúncia contra o governo do presidente da Colômbia, Iván Duque, ao Tribunal Penal Internacional e ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. 

A denúncia trata de crimes contra a humanidade cometidos durante manifestações que ocorrem desde o dia 28 de abril no âmbito da Greve Geral – movimento contrário às medidas neoliberais do governo. Os atos têm sido duramente reprimidos pela polícia e exército colombianos. 

O documento diz respeito às ações do presidente do país, bem como do ministro da Defesa, Diego Molano, do Comandante do Exército, Eduardo Zapateiro, e do diretor da Polícia, Jorge Luis Vargas e afirma que as autoridades têm “capacidade material de prevenir a prática desses crimes ou de promover a punição efetiva aos supostos responsáveis”. 

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A denúncia ainda cita o ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) como um dos “principais instigadores” da repressão, cujos “fatos mais graves” ocorreram na terceira maior cidade do país, Cali.

Pelo Twitter, o senador Cepeda publicou uma lista com todos os elementos denunciados perante aos organismos internacionais, entre os quais estão a ação cúmplice entre a polícia e os grupos armados milicianos da Colômbia. 

Ivan Cepeda e organizações de direitos humanos destacaram violência policial registrada contra manifestantes; pelo menos 24 pessoas foram mortas

Congreso de los pueblos/Twitter

"Se tocam uma, respondemos todas" diz cartaz de manifestante em frente a prédio da polícia

Assinado pela ONG Temblores, pelo Grupo de Trabalho sobre Desaparecimento Forçado da Coordenação Colômbia-Europa-Estados Unidos, pelo Comitê de Solidariedade aos Presos Políticos e pelo Coletivo Sociojurídico Orlando Fals Borda, a denúncia solicita que a jurisdição do TPI seja acionada para que o tribunal tome conhecimento dos delitos cometidos.

Violência policial contra manifestantes 

Segundo a ONG Temblores, 24 casos de homicídio, 50 tentativas de homicídio, 16 vítimas de violência sexual, 11 vítimas de desaparecimento forçado, 129 vítimas de tortura e 1.365 vítimas de detenção irregular foram registrados desde o início da greve, em 28 de abril.

Em balanço elaborado pela Plataforma Grita, 2.100 casos de violência policial foram registrados.