O candidato da chapa de esquerda Apruebo Dignidad à Presidência do Chile, Gabriel Boric, lidera as intenções de voto, seguido por José Antonio Kast, de extrema direita, de acordo com uma pesquisa publicada pelo instituto Cadem no último domingo (10/10).
A pouco mais de um mês das eleições, que acontecerão no dia 21 de novembro, Boric aparece com 21% das intenções de voto e se mostra o candidato com maior estabilidade nas pesquisas, já que manteve a liderança em uma outra pesquisa divulgada na última quarta-feira (06/10) pelo Data Influye, que o colocava com 25,7%.
As surpresas, porém, vêm do campo da direita, já que o candidato governista, Sebastián Sichel, apoiado pelo atual presidente Sebastián Piñera, caiu 3 pontos percentuais em comparação com a última pesquisa da Cadem e aparece com 10%. Ele agora ocupa o 4º lugar, atrás inclusive da candidata da Democracia Cristã, Yasna Provoste, que aparece com 13%.
O candidato da extrema direita José Antonio Kast, que concorre pelo Partido Republicano, se consolidou na segunda posição nas pesquisas com 18%, se aproximando de um eventual 2º turno com Boric.
Abertamente anticomunista e admirador de Donald Trump e Jair Bolsonaro, Kast concorre pela segunda vez à Presidência, tendo disputado em 2017, quando chegou a afirmar que, se estivesse vivo, o ditador Augusto Pinochet “votaria em mim”.
Rivalizando com Boric, o ultradireitista aposta agora em sua retórica contra a esquerda para atacar a aliança do candidato com o Partido Comunista e classificar o projeto progressista do rival como fracassado.
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Gabriel Boric, da chapa Apruebo Dignidad, aparece com 21%
Candidatos debatem no Chile
Os principais candidatos à Presidência do Chile se reuniram para um debate na noite desta segunda-feira (11/10).
Boric defendeu um plano de reativação econômica no país, afirmando que, se eleito, pretende terminar o mandato com a criação de 500 mil empregos, principalmente para mulheres. O candidato de esquerda ainda falou em incentivar a economia verde com apoio do capital estrangeiro.
Os recentes episódios de xenofobia registrados no país contra imigrantes venezuelanos também foram tratados pelos candidatos que, em sua maioria, condenaram a forma como o governo lidou com a situação.
Kast, por sua vez, defendeu a criação de barreiras para impedir a entrada de imigrantes no país.