A sede do jornal argentino Clarín, um dos principais veículos de comunicação do país, foi alvo de um ataque com coquetéis molotov na noite desta segunda-feira (22/11).
O ataque ocorreu por volta das 23h, quando “um grupo de pessoas atacou a sede do jornal e do Grupo Clarín”, sendo que “os agressores lançaram bombas incendiárias do tipo Molotov em uma das entradas do prédio, então fechado”, segundo o comunicado do periódico.
Não houve vítimas ou ferimentos pessoais durante o ataque. No entanto, o grupo responsável pelo veículo pediu “esclarecimentos e punições urgentes” aos responsáveis filmados por câmeras de segurança.
“Lamentamos e condenamos este fato grave que à primeira vista aparece como uma expressão violenta de intolerância contra um meio de comunicação, e aguardamos por esclarecimentos e punições urgentes”, declarou o grupo nesta terça-feira (23/11).
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Câmera de segurança filmou a ação que envolveu ao menos nove pessoas nesta segunda (22/11)
Pelo Twitter, o presidente argentino Alberto Fernández expressou repúdio ao ocorrido. “A violência sempre altera a convivência democrática”, disse, afirmando ainda que “esperamos que os fatos sejam esclarecidos e os autores sejam identificados a partir da investigação que está em andamento”.
Quiero expresar nuestro repudio al episodio ocurrido frente a la sede del diario Clarín. La violencia siempre altera la convivencia democrática.
Esperamos que los hechos se esclarezcan y los autores sean identificados a partir de la investigación que está en curso.
— Alberto Fernández (@alferdez) November 23, 2021
O Grupo Clarín declarou que fez uma denúncia e que “o tribunal interveniente está analisando vídeos e realizando outras tarefas de investigação”, especificando que foram nove pessoas presentes no ataque e registradas pelas câmeras de segurança.
A investigação está nas mãos da Justiça Federal nº 9, a cargo do desembargador Luis Rodríguez, que classificou o caso como “intimidação pública”.
(*) Com Télam.