Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

Burkina Faso: após dia de confusão, militares anunciam dissolução do governo

Encaminhar Enviar por e-mail

Militares afirmaram, em rede nacional de televisão, que Assembleia Nacional também foi dissolvida; EUA e UE pedem liberação imediata do chefe de Estado

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-01-24T20:10:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Após um dia de confusão em Burkina Fasso, militares anunciaram nesta segunda-feira (24/01) ter colocado fim ao governo do presidente Roch Marc Christian Kaboré e a suspensão das principais instituições do país. Os Estados Unidos e a União Europeia pedem a liberação imediata do chefe de estado.          

Em rede nacional de televisão, o capitão Sidsore Kader Ouedraogo afirmou que o governo e a Assembleia Nacional de Burkina Fasso foram dissolvidos.

Na declaração, o capitão afirmou que "o Movimento patriótico burquinabê (MPSR) decidiu assumir suas responsabilidades diante da história, da comunidade nacional e internacional. O movimento que reagrupa todas as forças de defesa e de segurança decidiu colocar fim ao poder de Roch Marc Christian Kaboré em 24 de janeiro de 2022".

Um toque de recolher foi instaurado no país entre 21h e 5h, e as fronteiras do país foram fechadas.

Os soldados amotinados no quartel de Uagadugu, capital do país, manteriam prisioneiro o presidente Kaboré, o chefe do Parlamento e alguns ministros.

Washington pediu a "liberação imediata" do presidente Kaboré e o "respeito à Constituição" e "aos dirigentes civis" do país. "Nós incitamos todas as partes dessa situação instável, a manter a calma e a buscar o diálogo para resolver seu sofrimento", disse um porta-voz da diplomacia americana.  

Mais cedo, a União Europeia já havia pedido a liberação de Kaboré, e a União Africana condenara a "tentativa de golpe de estado". 

Confusão

A confusão reinava em Burkina Fasso nesta segunda-feira após fontes militares afirmarem que o presidente Kaboré tinha sido preso. Mas outras fontes indicavam que ele tinha escapado de uma tentativa de assassinato e que estava sob proteção.

Reprodução
Militares afirmaram, em rede nacional de televisão, que Assembleia Nacional também foi dissolvida

Sem informação, uma multidão se reuniu na Praça da Nação em Uagadugu para esperar uma declaração oficial sobre a situação, como constatou o correspondente da RFI na capital burquinabê. 

"Desde hoje de manhã que a situação se arrasta, não sabemos o que está acontecendo. Se alguma coisa está acontecendo que nos digam a verdade", disse uma mulher à RFI. 

"Não sei o que está acontecendo, mas sinto que as coisas vão sair bem. Estamos otimistas", disse um homem que também esperava embaixo do sol. 

Motim 

Desde domingo, os militares estão em revolta em diversas partes do país. Eles exigiam a renúncia dos chefes do Exército e pediam mais recursos para combater os jihadistas.

Na noite de domingo, foram ouvidos tiros perto da residência do chefe de Estado, e um helicóptero sobrevoou a área com todas as luzes apagadas, segundo moradores.

Kaboré estava no poder desde 2015 e foi reeleito há dois anos com a promessa de tornar prioridade a luta contra os extremistas no país. No entanto, seu governo sofria rejeição da população. Nos últimos meses, houve várias manifestações de protesto no país para denunciar a incapacidade das autoridades de conter o número crescente de atentados jihadistas.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Economia e ecologia: os dois principais desafios do segundo mandato de Macron

Encaminhar Enviar por e-mail

Novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-05-28T17:06:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Menos de uma semana após o anúncio do novo governo francês, as principais revistas do país enumeram os desafios que esperam a equipe da primeira-ministra Élisabeth Borne. Além das questões econômicas, apresentadas como prioridade diante de uma crise de poder aquisitivo que irrita a população, essa nova gestão também promete ser marcada por pautas ambientais, mobilizando vários membros do governo. 

Com a manchete “A grande crise econômica que nos ameaça”, Le Point dá o tom do que espera o governo francês. A revista semanal traz uma grande reportagem sobre o tema da inflação e da recessão que atingem boa parte do mundo e tenta explicar o impacto desse panorama nada otimista na França.

“Nós pensávamos que 2022 seria uma continuidade de 2021, ano da retomada econômica, com um crescimento de 7% no país”, resume o texto. Mas isso foi sem contar com os aspectos geopolíticos que estremeceram um contexto menos estável do que parecia. “A guerra na Ucrânia e as sanções econômicas contra a Rússia jogaram óleo quente em um fogo que estava calmo. De uma hora para outra, os preços das matérias-primas, da energia e os alimentos se inflamaram”, aponta Le Point.

Diante desse panorama, o novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado. “Élisabeth Borne vai precisar de toda a sua experiência com ex-ministra do Trabalho para navegar nas águas turvas da economia francesa”, anuncia a reportagem.

Reprodução/ @EmmanuelMacron
Após reeleição, Macron anunciou um novo governo na França

Além disso, como aponta a revista L’Express, esse novo governo ainda tem pela frente o desafio de provar que pode melhorar a economia do país e ser ecológico ao mesmo tempo. Para isso, não apenas uma, mas duas ministras vão concentrar seus esforços nas questões ambientais: Amélie de Montchalin, que assumiu a pasta da Transição Ecológica e da Planificação dos territórios, e Agnès Pannier Runacher, com à frente da Transição Energética. Para completar, a própria primeira-ministra vai dirigir o que Macron batizou de Planificação ecológica.

No entanto, nenhuma das três tem experiência concreta em assuntos ecológicos e as duas ministras tem um perfil claramente “liberal e pragmático”, o que preocupa algumas ONGs ambientais. A revista L’Obs, que também traz uma grande reportagem sobre os desafios ecológicos do segundo mandato de Macron, vai além e diz que as duas ministras, que têm um “pró-business”, nunca tiveram nenhum tipo de engajamento ambiental em suas carreiras.

Mas L’Obs lembra que mesmo se em seu discurso de vitória Macron prometeu transformar a França em uma “grande nação ecológica, o próprio chefe de Estado, durante sua primeira gestão, não esbanjou declarações ecológicas. A revista, que não cita as alfinetadas dadas pelo líder francês no presidente brasileiro Jair Bolsonaro, criticando a gestão na proteção da Amazônia, afirma que boa parte das promessas feitas por Macron sobre o meio ambiente durante seu o primeiro mandato não tiveram grandes resultados concretos.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados