Hugo Velázquez, vice-presidente do Paraguai, havia anunciado na última sexta-feira (12/08) que renunciaria ao cargo, após ter sido acusado de corrupção por autoridades dos Estados Unidos.
Em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (19/08), Velázquez afirmou que permanecerá no cargo de vice-presidente até que tenha mais detalhes das causas pelas quais é acusado pelo Departamento de Estado norte-americano.
“Recebi ligações de senadores pedindo que eu esperasse para apresentar minha renúncia. Meu medo era que o Ministério Público tivesse montado uma acusação contra mim e, graças a Deus, não o fizeram. No mínimo, devo saber o que está contra mim”, disse o político, que afirmou ter apoio do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
O político foi acusado pelos Estados Unidos de tentativa de corrupção em gabinete público, por supostamente ter recebido um milhão de dólares em propinas. Velázquez teria recebido propina para evitar que uma investigação contra uma hidrelétrica nacional fosse adiante.
Twitter/Hugo Velázquez
Hugo Velázquez, que planeja permanecer no cargo de vice-presidente do Paraguai
“A única verdade que as pessoas devem saber é que não há nada de concreto na investigação, e só ontem à noite tomei a decisão de não me demitir por enquanto, esperando que surgisse algo concreto que justificasse a renúncia”, concluiu o vice-presidente paraguaio.
Velázquez, no entanto, não deverá participar das primárias do Partido Colorado, que acontecerão em dezembro, e definirão quem será o candidato da sigla para as eleições de abril de 2023. Arnoldo Wiens, antigo ministro de Obras Públicas do país, deverá entrar no lugar do atual vice-presidente.
Na semana anterior, Velázquez foi acusado pelo embaixador norte-americano no Paraguai, Marc Ostfield, e pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken de ser uma pessoa “significativamente corrupta”.
(*) Com Ansa.