O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, conversa hoje (22/9), por volta das 18h (19h de Brasília), com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. A reunião ocorre um dia depois de o chanceler ter recebido a norte-americana Sarah Shourd, de 31 anos.
A jovem foi libertada depois de um ano e quatro meses presa em Teerã. Para a libertação, foi paga uma fiança de US$ 500 mil. Amorim sinalizou que deve reiterar o apelo a Ahmadinejad pela libertação de outros dois norte-americanos ainda presos no Irã.
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Shourd, o noivo dela, Shane Bauer, e um amigo do casal, Josh Fattal, ambos com 29 anos, foram capturados por autoridades iranianas, em junho de 2009. Na ocasião, eles escalavam uma área na fronteira entre o Irã e o Iraque. As autoridades iranianas, porém, afirmaram que eles faziam espionagem na região. O grupo nega pertencer a redes de espionagem nos Estados Unidos. Desde então, os três foram colocados em diferentes prisões no Irã.
Amorim sinalizou ontem (21/9) que o governo do Brasil vai manter o empenho em favor da libertação dos norte-americanos. Segundo ele, o assunto só terá sido resolvido quando os três estiverem em liberdade. Para o chanceler, o fim da prisão de Shourd foi uma indicação de abertura dos iranianos.
Ontem, durante a conversa com Amorim, Shourd agracedeu o apoio do governo do Brasil em favor da libertação dela. A norte-americana foi ao encontro do ministro em Nova York, onde ocorre a 65ª Assembleia Geral da ONU, para pedir que ele interceda pela libertação de Bauer e Fattal.
Na semana passada, depois da libertação de Shourd, Amorim enviou uma mensagem ao ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, na qual agradeceu o fim da prisão da norte-americana e o fato de o apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido atendido. Paralelamente, o governo brasileiro apoia o desenvolvimento do programa nuclear iraniano, que é alvo de críticas e sanções da comunidade internacional.
Antes do encontro com Ahmadinejad, Amorim se reúne com o empresário Bill Gates, fundador da Microsoft e da fundação que leva o nome dele e da mulher, Melinda Gates. A Fundação Bill e Melinda Gates desenvolve pesquisas e apoia ações para o tratamento e prevenção de doenças como a aids e outras frequentes nos países em desenvolvimento.
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