Os líderes estudantis do movimento pró-eleições livres em Hong Kong cancelaram nesta sexta-feira (03/10) o diálogo marcado com o governo para solucionar o impasse político.
Efe
Policiais tentam conter confronto entre manifestantes e pessoas que se dizem contra protestos
“O governo permitiu que a máfia atacasse os pacíficos participantes, cortou o caminho para o diálogo e deve ser responsável pelas consequências”, declarou a Federação dos Estudantes de Hong Kong, segundo a BBC. “O governo não manteve a promessa. Nós não temos escolha senão adiar as negociações”, acrescentou.
Trata-se de uma resposta aos casos de violência registrados nesta manhã, quando organizações estudantis foram atacadas em vários pontos da cidade por pessoas contrárias às reivindicações do movimento “Occupy Central”, que exigiam que as ruas fossem desocupadas. Eles seguiam as instruções de uma mulher que falava em mandarim, dialeto majoritário na China continental, mas não em Hong Kong, onde se fala sobretudo cantonês, de acordo com a Efe.
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Jovens se inspiram em frase de John Lennon: 'você pode dizer que sou um sonhador, mas eu não sou o único”
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Nesta manhã, a polícia local pediu aos jovens que desistissem da atitude “irresponsável e ilícita” e que saíssem “o mais rápido possível de maneira ordenada e pacífica” das sedes governamentais, onde estão impedidos os acessos dos funcionários públicos.
Agências de notícias constatam que, hoje, sexto dia consecutivo de protestos, a mobilização dos jovens segue mais dispersa e com um menor número de integrantes nas ruas de Hong Kong.
Na noite de quinta-feira (02/01), o chefe do Executivo, C.Y. Leung, anunciou que não renunciaria, apesar da pressão dos estudantes.
Desde semana passada, milhares de pessoas tomaram as ruas de Hong Kong com o intuito de reivindicar democracia plena na ex-colônia britânica, incluindo um sistema de votação livre quando for escolhido o novo líder da iha, prevista para acontecer em 2017.