O Exército de Israel bombardeou um abrigo da Agência das Nações Unidas para Refugiados da Palestina (UNRWA) neste domingo (26/05), em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, deixando ao menos 30 pessoas mortas e dezenas feridas, incluindo crianças, segundo as informações preliminares concedidas pela equipe de Defesa Civil local.
De acordo com a agência de notícias palestina Wafa, a ofensiva israelense se concentrou em tendas que abrigavam deslocados e que ficavam próximas aos armazéns da UNRWA.
O Crescente Vermelho Palestino (PRCS) informou que muitas vítimas já foram transportadas para clínicas e hospitais de campanha perto do mar, no sul do enclave. No entanto, várias outras permanecem presas sob as chamas e nas tendas destruídas pelo bombardeio.
URGENTE: “israel” bombardeia abrigo da UNRWA, a Agência da ONU para Refugiados Palestinos, em Rafah, Gaza. Ao menos 30 palestinos assassinados.
Mais cedo, o parlamento israelense aprovou texto preliminar considerando a Agência da ONU uma “organização terrorista”. pic.twitter.com/d03h7RCB7X
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) May 26, 2024
A emissora catari Al Jazeera afirmou que o exército israelense realizou mais de 60 ataques aéreos e letais em Rafah nas 48 horas após a decisão proferida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, que ordenou na sexta-feira (24/05) que Israel interrompesse imediatamente as operações militares na região.
‘Organização terrorista’
Mais cedo, o Parlamento israelense do Knesset havia aprovado um texto preliminar considerando a UNRWA como uma “organização terrorista”. A votação consistia no princípio de que Israel cortaria “todos os laços com o órgão”, o principal prestador de serviços de ajuda para os milhões de palestinos que se encontram em situação de refúgio no Oriente Médio.
“O objetivo deste projeto de lei é declarar a UNRWA como uma organização terrorista para todos os efeitos, bem como ordenar o término das relações [e da cooperação] do Estado de Israel com a agência, direta ou indiretamente”, descreveu a deputada israelense Yulia Malinovksy.