Depois da prisão, na última sexta-feira (28/06), de um monsenhor acusado de fraude e corrupção no Ior (Instituto para as Obras Religiosas), conhecido como Banco do Vaticano, o diretor-geral, Paolo Cipriani, e o vice-diretor da instituição, Massimo Tulli, apresentaram nesta segunda-feira (01/07) suas renúncias, de acordo com o Vaticano.
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“Depois de muitos anos de serviço, ambos decidiram tomar essa decisão no melhor interesse do próprio Instituto e da Santa Sé”, diz o comunicado oficial. As renúncias foram aceitas pela Comissão de Cardeais e pela direção de superintendência. Os dois órgãos pediram ao presidente do Ior, Ernst von Freyberg, que assumisse interinamente a função de diretor-geral com efeito imediato.
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A AIF (Autoridade de Informação Financeira), organismo criado em 2010 para vigiar a transparência financeira da Santa Sé, foi informada, assim como a comissão especial criada pelo papa Francisco no último dia 26 de junho para a reforma do Ior.
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Na nota liberada, o Vaticano esclarece ainda que Freyberg “será auxiliado por Rolando Marranci na qualidade de vice-diretor e por Antonio Montaresi na nova posição de diretor de riscos, com a responsabilidade de projetos especiais”. Marranci trabalhou em um banco italiano em Londres como chefe de operações e Montaresi já havia exercido o cargo de diretor de riscos em diversos bancos nos Estados Unidos.
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Freyberg declarou que tanto Marranci quanto Montaresi são “excelentes profissionais”. Ele acrescentou que desde 2010 o Ior vem trabalhando para manter sua estrutura e procedimentos nos padrões internacionais de combate à lavagem de dinheiro, mas que, apesar disso, “hoje é claro que temos necessidade de uma nova direção para acelerar o ritmo dessa transformação”.
Agência Efe
O Papa Francisco criou, no último dia 26, uma comissão para reformar o Banco do Vaticano, em crise
A direção de superintendência do Banco do Vaticano já iniciou um processo de seleção “a fim de nominar um novo diretor-geral e um vice-diretor no futuro próximo”.