A Argentina e o Uruguai chegaram nesta sexta-feira (23/7) a um acordo para o controle conjunto do Rio Uruguai, ordenado pela sentença da Corte Internacional de Justiça sobre o conflito iniciado pela construção de uma fábrica de pasta de celulose na região fronteiriça.
O acordo político “está fechado”, anunciou o vice-chanceler uruguaio, Roberto Conde, a uma emissora de rádio local.
A medida foi adotada depois que autoridades uruguaias entregaram à delegação argentina, presente em Montevidéu, um documento detalhado sobre como acreditam que o monitoramento deveria ser feito.
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De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, primeiramente será realizado “o controle científico” da fábrica UPM (ex-Botnia) e depois “do resto do rio”.
“Decidimos realizar o controle científico de todos os estabelecimentos industriais e agrícolas que estejam em ambas as margens do Rio Uruguai”, informou Timerman por meio de sua página no microblog Twitter.
O chanceler argentino explicou que o parecer do tribunal internacional “ordena monitorar” apenas a região da fábrica de pasta de celulose, mas que a “Argentina oferece estender o mesmo controle em todo o rio”.
Ainda segundo o diplomata, a pedido do presidente uruguaio, José Mujica, jornalistas, políticos e ambientalistas não poderão entrar na fábrica que deu início ao conflito, localizada em Fray Bentos.
A instalação da fábrica causou um dos mais graves conflitos diplomáticos entre as duas nações, o que fez com que a Argentina apresentasse a demanda à corte de Haia.
Há mais de quatro anos, moradores e ativistas bloqueavam a ponte General San Martín, que liga a localidade uruguaia à Gualeguaychú. O bloqueio foi levantado há um mês para que as partes pudessem chegar a uma solução. Cogitava-se, inclusive, que o Brasil participasse desse controle.
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