O ultradireitista norueguês Anders Behring Breivik, autor confesso do duplo atentado de 22 de julho na Noruega, poderá receber visitas na prisão de Ila a partir desta terça-feira (10/01), quando acaba a proibição que estava vigente há cinco meses.
A polícia norueguesa se recusou há poucos dias a pedir aos tribunais o prolongamento da proibição, que terminou na meia-noite de segunda para terça-feira, ao considerar que as visitas não irão interferir no desenvolvimento da investigação.
Entretanto, a direção da penitenciária onde Breivik se encontra em prisão preventiva, órgão responsável pelas visitas e comunicações do detento, já advertiu que, por estar submetido a um regime de segurança máxima, serão tomadas medidas especiais de controle.
Como os demais réus, Breivik só poderá receber uma visita semanal. Mas, no seu caso, haverá um controle dos visitantes. Eles acontecerão em uma sala com uma parede de vidro e na presença de um funcionário. Suas conversas serão gravadas.
Inicialmente, Breivik se mostrou favorável a receber visitas, mas em seu último encontro há poucos dias com seus advogados, mudou de opinião e afirmou que quer concentrar seus esforços no julgamento, previsto para começar em 16 de abril.
“Ele quer ter a oportunidade de estudar todas as solicitações que chegarem, mas em princípio não deseja visitas”, disse Vibeke Hein Baera, uma de suas advogadas.
A direção do presídio de Ila, a oeste de Oslo, assumirá ainda a partir desta terça-feira a responsabilidade sobre as cartas enviadas a Breivik, que há um mês já pode ler jornais, escutar rádio e ver televisão.
Breivik detonou em 22 de julho um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, onde morreram oito pessoas, e logo depois se dirigiu à ilha de Utoeya, a 45 quilômetros da capital, onde disparou indiscriminadamente e matou outras 69 adolescentes, membros da juventude social-democrata do país nórdico.
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