A campanha eleitoral para o segundo turno das eleições presidenciais no Haiti começa quinta-feira (17/02), com dois candidatos de oposição: a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o cantor popular Michel “Sweet Micky” Martelly. As eleições estão marcadas para o dia 20 de março.
O clima de instabilidade ainda está presente no país em decorrência da ameaça de ex-presidentes, como Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, e Jean-Bertrande Aristide, retornarem à cena política e dos esforços para reconstrução da região.
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Por determinação do Conselho Eleitoral Provisório, a campanha eleitoral vai até 18 de março. No primeiro turno, saiu na frente a professora universitária de Ciências Políticas Mirlande Manigat, de 70 anos, que obteve 31% dos votos. Se vencer as eleições, a professora, formada na França, será a primeira mulher a governar o Haiti.
O cantor Martelly, de 50 anos, obteve 21% dos votos no primeiro turno. Os resultados preliminares do primeiro turno foram contestados e desencadearam uma nova crise política no território haitiano. A OEA (Organização dos Estados Americanos) sugeriu a exclusão do terceiro candidato, Jude Célestin, por considerar que ele foi favorecido de forma irregular.
Em meio à instabilidade política, o presidente do Haiti, René Préval, anunciou que seu mandato será prolongado até 14 de maio, quando assume o sucessor. A decisão dele ocorreu em meio ao retorno do ex-presidente Jean-Claude Duvalier, que deixou o país há 25 anos depois de uma revolta popular.
Outro ex-presidente, Jean-Bertrand Aristide, que também fugiu do Haiti devido à pressão popular, ameaça retornar ao país e se envolver no processo político. Paralelamente a isso, os haitianos se empenham na reconstrução do país, destruído pelo pior terremoto da sua história em janeiro de 2010, e mais a epidemia de cólera, que matou cerca de 4 mil pessoas.
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