Brasileiras e brasileiros em diversas cidades no exterior se juntaram neste sábado (18/05) à jornada de protestos contra o genocídio de Israel em Gaza, exigindo um cessar-fogo imediato no enclave.
O dia de atos ao redor do mundo foi organizado por coletivos de brasileiros em consonância com movimentos progressistas locais. Com isso, diversas cidades em cerca de 13 países registraram mobilizações pró-Palestina.
Em Paris, capital francesa, ao redor de duas mil pessoas saíram da Praça de la République em direção a Praça de la Nation. Com bandeiras da Palestina, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Partido dos Trabalhadores (PT), os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a guerra e também para pressionar que o governo de Emmanuel Macron rompa relações com Israel.
Segundo a jornalista Marcia Camargos, atos pró-Palestina estão ocorrendo com frequência nas cidades francesas. A desse sábado teve uma chamada “mais intensiva e mobilizou mais pessoas”.
O grupo de brasileiros que organizaram a manifestação na capital francesa também leram um poema de Mamud Darwish (“Nós amamos a vida”), traduzido pelo professor Salem Nasser e interpretado no ato pela Gabriella Scheer.
Já na Alemanha, o ato ocorreu na cidade de Frankfurt. Os solidários aos palestinos se reuniram na Praça Hauptwache. A mobilização também teve presença do Núcleo PT no país e do Comitê Popular de Luta de Frankfurt.
Na capital espanhola, Madri, também houve ato em apoio aos palestinos. A manifestação ocorreu na Casa de Campo com bandeiras do Brasil e da Palestina.
Os manifestantes se encontraram com intuito de prestar solidariedade à Palestina e somar na luta que exige um cessar-fogo imediato na guerra que já vitimou mais de 35 mil civis em Gaza. Ainda no ato, uma roda de samba foi realizada.
Em Portugal, dois atos foram organizados: em Lisboa e Porto. Na capital portuguesa, movimentos sociais reuniram-se em defesa da Palestina, pelo fim do genocídio e pelo boicote a Israel
A Opera Mundi, Pedro Prola, coordenador do Núcleo do PT em Lisboa, reconheceu a importância de manter a comunidade brasileira no exterior unida e solidária ao povo palestino em um momento em que o massacre e a limpeza étnica se intensificam.
Prola já havia adiantado à reportagem que a pauta dos atos foi dialogada em quatro pontos fundamentais: defesa da paz; defesa do povo palestino; contra o genocídio em Gaza; e pelo cessar-fogo imediato.
Em Porto, o ato também teria um “piquenique pela paz”.
Outras cidades que realizaram manifestações foram Barcelona (Espanha), Roma (Itália), Bucaramanga (Colômbia) e Nova York (Estados Unidos).
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Brasileiros em Paris somam na manifestação pró-Palestina
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Manifestação em Frankfurt, na Alemanha
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Em FrankFurt, solidários aos palestinos se reuniram na Praça Hauptwache
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Na capital espanhola, brasileiros se reuniram na Casa de Campo
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Bandeiras do Brasil e da Palestina foram expostas no ato
Brasil
No Brasil, ocorreu o Festival Palestina Livre em Santa Tereza (Rio de Janeiro). O evento cultural e em solidariedade ao povo palestino foi organizado por movimentos e coletivos sociais que defendem o direito à vida e terra em Gaza.
O Festival tinha comidas e bebidas típicas do povo palestino, além de apresentações artísticas, performances e shows.
Mobilizações de 18 de maio
Os atos deste sábado nasceram após uma nota de solidariedade dos núcleos do PT ao presidente Lula “por sua coragem em enfrentar o governo extremista de Israel e em dizer claramente que o que ocorre em Gaza não é guerra, mas sim genocídio”.
Com isso, segundo a cientista política Moara Crivelente, as mobilizações pretendiam “continuar expressando solidariedade com o povo palestino na defesa de uma paz justa, pelo fim da ocupação, da colonização e do apartheid israelense”.
Por meio da “solidariedade internacionalista entre os povos”, as organizações querem “reforçar o apelo contundente de todo o mundo pelo fim do genocídio na Faixa de Gaza e as ofensivas contra o restante da Palestina com um cessar-fogo imediato e permanente”.