Servando Gómez, um dos chefes cartel de drogas La Familia Michoacana, fez um chamado para que seus seguidores não abandonem as armas e continuem “lutando até a vitória”, após a morte de Nazario Moreno González principal líder do grupo que ocorreu na semana passada.
Em uma mensagem de áudio divulgada nesta quarta-feira (15/12) pela rede televisiva Televisa, Gómez, também conhecido como La Tuta, pediu aos membros da organização que se movam “de um lado para outro” para não serem “fáceis de localizar”. “Estejam atentos com as armas, tenham-nas ao lado, não as deixem [sozinhas], conversem com todos os companheiros, coma todos os encarregados da área para que não falte nada, nem alimentos, nem nada”, instruiu Gómez, aparentemente por um aparelho de rádio.
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O chefe do La Familia Michoacana, que também é professor de educação básica, estimulou os membros do grupo criminoso a realizarem “marchas”, como a ocorrida no último fim de semana, à qual se uniram inclusive crianças que levavam cartazes em homenagem a Moreno.
Também conhecido como El Chayo ou El Doctor, Moreno era um criminoso com um certo carisma e costumava justificar suas ações com frases da Bíblia. Ele chegou a abrir clínicas para tratar de dependentes de drogas que depois eram recrutados para o cartel. Ele foi morto em 9 de dezembro, em uma operação das forças federais na cidade de Apatzingán, no estado de Michoacán, na qual também foram mortos cinco policiais federais, três civis e três supostos traficantes. “Deus o tenha em sua santa glória”, disse Gómez, que pediu aos demais membros do cartel a “incitar as pessoas, convidemos todo mundo, nossos primos, nossos irmãos, nossos sobrinhos”, acrescentou. O estado de Michoacán banhado pelo Oceano Pacífico, é considerado o centro de operações do grupo La Familia Michoacana, cartel considerado pelas autoridades com o principal responsável pelo tráfico de metanfetaminas e por diversos ataques contra a Polícia Federal.
Os confrontos entre o Estado e os carteis, que também disputam entre si o controle de determinadas regiões do território mexicano, já fizeram mais de 30 mil vítimas fatais desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón mobilizou o Exército para barrar o narcotráfico.
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