O ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, denunciou nesta quinta-feira (27/09) que o Japão realizou movimentos “ilegais” e “inválidos” no conflito pela soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku, ao usurpar esse território em 1895 por meio de um tratado “injusto”.
As ilhas Diaoyu “foram parte integral do território da China desde tempos ancestrais”, ressaltou Yang em seu discurso diante da Assembleia Geral das Nações Unidas.
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Segundo o ministro, a China tem “evidências históricas e legais indiscutíveis” de que o Japão “se apoderou” das ilhas em 1895, e que ao fim da primeira Guerra Sino-Japonesa “forçou o governo chinês a assinar um tratado injusto e a ceder” esse e outros territórios.
Os recentes movimentos do Japão, que adquiriu há duas semanas de um empresário privado três ilhas do arquipélago, “não podem mudar de nenhuma forma o fato histórico de que o Japão roubou as Diaoyu”, enfatizou Yang.
O governo chinês pede que o Japão detenha “imediatamente todas as atividades que violam a soberania territorial da China e tome ações concretas para corrigir seus erros”, acrescentou.
As ilhas estão a cerca de 250 quilômetros do litoral da China e a 200 do arquipélago japonês de Okinawa, e se suspeita que junto a suas águas existam jazidas de petróleo e gás.
A compra de três das ilhas por parte do governo japonês suscitou, além de tensões diplomáticas, uma série de manifestações antijaponesas em várias cidades chinesas. Além disso, a China e Taiwan enviaram embarcações para as águas próximas das ilhas.
A China assegura que na Declaração de Potsdam, de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, foi estabelecida a devolução à China das Senkaku/Diaoyu.