O governo chinês disse neste domingo (23/06) que Pequim “respeita” a forma como o governo de Hong Kong agiu ao não impedir a viagem do ex-consultor da CIA Edward Snowden para a Rússia e aproveitou para criticar a ciberespionagem da qual a China foi vítima. “Estamos muito preocupados pelos recentes ciberataques de agências governamentais contra a China. Estão mostrando mais uma vez que este país é vítima destes ataques e protestamos perante os Estados Unidos”, afirmou a porta-voz de Relações Exteriores Hua Chunying, horas depois de Snowden deixar Hong Kong rumo a Moscou.
Hua afirmou que o governo chinês, que nos últimos meses foi acusado de espionar redes informáticas em países como os EUA e Austrália, “é contra qualquer ciberataque e está disposto a impulsionar o diálogo e a cooperação com a comunidade internacional” para combater estas atividades. A porta-voz não se pronunciou sobre a decisão do governo de Hong Kong – sob soberania chinesa desde 1997 – de permitir a saída de Snowden alegando falhas na ordem de detenção emitida pelos EUA, embora Hua tenha lembrado o princípio “um país, dois sistemas”, que dá à ex-colônia britânica independência em matéria de segurança.
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