A coalizão governista Frente Ampla lidera as pesquisas de intenção de votos no Uruguai com 37% da preferência do eleitorado para as eleições de 2014, uma vantagem de 18 pontos percentuais. Em segundo lugar, aparece o Partido Nacional, de oposição conservadora, com 19% dos votos. O Partido Colorado, por sua vez, obteve 14% das intenções, e o Partido Independente, de centro, 2%.
Agência Efe
O presidente uruguaio durante discurso nesta sexta-feira.
Entretanto, o presidente do país, José Mujica, chegou em julho ao seu mais baixo nível de popularidade desde meados do ano passado. De acordo com uma pesquisa publicada pela consultoria Cifra, 40% dos uruguaios aprovam a gestão de Mujica, apenas um ponto percentual a mais do registrado no pior momento da popularidade de seu governo, em junho de 2011.
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Quando assumiu o cargo, em abril de 2010, 66% da população o apoiavam. Desde então, as estatísticas apenas decresceram. Analistas especulavam que após crescer de 39% para 48% entre junho e novembro de 2011, o índice de aprovação de Mujica poderia retornar às marcas do início de seu governo. Com a nova queda apontada pela sondagem, essa hipótese perde força.
De cada quatro eleitores que votaram na coalizão governista em 2009, três ainda dizem se simpatizar com Mujica. Por sua vez, entre os entrevistados ligados à oposição, metade se diz contra o presidente. Enquanto 61% dos partidários de Mujica aprovam a atual gestão, 65% dos opositores a desaprovam.
A pesquisa da Cifra também comparou a recepção pública da política econômica de Mujica com a de seu antecessor, o também progressista Tabaré Vazquez. Na metade de seu governo, Vazquez era aprovado por 46% da população ainda que apenas um quinto dela considerasse boa a situação econômica do país. Com Mujica, ocorre justamente o oposto. Quase três quintos consideram boa sua política econômica, mas 40% aprovam sua gestão.
A Cifra não informou os possíveis motivos para a queda de 5% sofrida pela Frente Ampla, mas, nos dois últimos meses, o presidente José Mujica afastou funcionários do governo e ministros que tinham a simpatia da opinião pública. Além disso, ele anunciou novas medidas de segurança, algumas das quais não contam com o respaldo de sua própria bancada legislativa, e teve que passar pelo fim da companhia aérea Pluna.