Representando o governo de Israel, o vice-embaixador do país na ONU (Organização das Nações Unidas), Daniel Carmon, afirmou nesta segunda-feira (31/5) que “não há crise humanitária em Gaza” e que a frota atacada por militares israelenses não tinha apenas fins humanitários.
“Apesar de os meios de comunicação apresentarem a frota como uma missão humanitária para entregar ajuda a Gaza, os barcos não tinham nada de humanitário”, disse o israelense, durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na sede da entidade, em Nova York.
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Apesar de Israel não ter cadeira no Conselho de Segurança atualmente, o representante do país foi autorizado a falar na reunião com objetivo de explicar o ataque feito nsta madrugada. Em águas internacionais do Mar Mediterrâneo, soldados israelenses atacaram a “Flotilha da Liberdade”, um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária. A brasileira Iara Lee integrava o grupo.
Durante a semana, o governo de Israel havia avisado que não permitiria a entrada de embarcações nas proximidades da costa da Faixa de Gaza. Os israelenses, que permitem a entrada de ajuda humanitária a Gaza por fronteiras terrestres controladas, disse que a frota poderia desembarcar no porto de Ashdod. Desde 2007, Israel mantém o bloqueio à Faixa de Gaza.
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“Não eram ativistas pacíficos nem mensageiros de boa vontade. Utilizaram cinicamente uma plataforma humanitária para enviar uma mensagem de ódio e implementar a violência”, insistiu.
O diplomata disse que o território “está ocupado por terroristas que expulsaram a ANP (Autoridade Nacional Palestina) mediante um violento golpe e que recebe armas pelo mar”. O israelense estava se referindo ao grupo palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
Mais cedo, o primeiro ministro Benjamin Netanyahu afirmou que Israel agiu em defesa própria, segundo o jornal Haaretz. Disse também que não tem “nada contra a população de Gaza”, mas sim contra o Hamas, que, segundo ele, recebe apoio do Irã.
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