O Congresso dos EUA aprovou nesta quinta-feira (21/03) o projeto de lei que garante o financiamento do governo até o dia 30 de setembro. Com a medida, o Estado vai receber recursos para pagar as despesas diárias de funcionamento. Ainda assim, a lei mantém cortes automáticos nos gastos públicos, avaliados em US$ 85 bilhões e que estão em vigor desde 1º de março.
O Senado, de maioria democrata, aprovou o projeto de lei nesta quarta-feira. Hoje, a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, ratificou a medida por 318 votos a favor e 109 contra. Caso o acordo não fosse firmado, o governo corria o risco de ter as suas atividades interrompidas no dia 27 de março, até que uma resolução orçamentária fosse aprovada.
Além dessa medida, foi aprovada também a controversa proposta republicana de redução de gastos, que atinge o orçamento de programas sociais de Barack Obama. A proposta elaborada pelo ex- candidato à vice-presidência Paul Ryan pretende cortar 5 trilhões de dólares no período de 10 anos e ainda revogar as leis de saúde pública que estenderam plano de saúde para toda a população norte-americana.
A votação de hoje evidenciou a expressiva queda de braço entre democratas e republicanos, que divergem quanto à dívida do país. Todos os congressistas democratas votaram contra – 197 votos – a proposta orçamentária de Ryan, enquanto os republicanos totalizaram 221 votos. Apenas 10 republicanos votaram contra o projeto.
O plano de Ryan sintetiza a política orçamentária dos republicanos e contrasta com a proposta que os democratas promovem no Senado, centrada em aumentar a receita dos cofres públicos com mais impostos, aumentar a despesa em novas infraestruturas e realizar modestos recortes em programas sociais.
Os projetos aprovados hoje devem ser assinados agora por Barack Obama, que se encontra em viagem pelo Oriente Médio.
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