Um dia após trocar disparos com a Coreia do Sul, a Coreia do Norte afirmou nesta quarta-feira (24/11) que o governo sul-coreano está piorando as relações na península coreana com uma “inconsequente provocação militar” e também por adiar o envio de ajuda humanitária aos norte-coreanos. Seul cancelou o envio da ajuda após confronto de ontem.
A Coreia do Sul também suspendeu as conversas previstas para esta quinta-feira sobre as próximas reuniões das famílias separadas pela guerra.
A agência oficial de notícias do Norte, a KCNA, disse que a Coreia do Sul está “arruinando o processo de melhoria das relações intercoreanas, bloqueando as conversações mediadas pela Cruz Vermelha e conduzindo a situação para a iminência de uma guerra, ao seguir uma política de confronto com a DPRK (Coreia do Norte)”.
Depois da Guerra da Coreia, encerrada em 1953, sem um acordo de paz, a península ficou dividida entre a Coreia do Norte, de regime comunista, e a do Sul, capitalista.
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Apoio dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta terça-feira (23/11) que a Coreia do Norte demonstrou que é uma “séria e persistente ameaça”, e defendeu a mediação da China.
“Queremos nos assegurar de que todas as partes na região reconhecem que esta é uma séria e persistente ameaça, com a qual é preciso lidar”, disse o presidente em entrevista que a emissora de televisão ABC.
Obama solicitou especialmente que a China se mantenha firme e “deixe claro para a Coreia do Norte que há uma série de normas internacionais que devem ser respeitadas”.
O governo chinês, principal aliado do regime de Pyongyang, não condenou explicitamente o ataque, que deixou dois militares sul-coreanos mortos, mas expressou “preocupação” pelo incidente e pediu que se verifiquem os fatos.
Treinamento
Após conversar com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, Obama e Lee definiram a realização, no próximo domingo, de manobras militares em resposta ao ataque norte-coreano à ilha de Yeonpyeong.
As manobras serão realizadas durante quatro dias no Mar Amarelo e contarão com a participação do porta-aviões nuclear americano “George Washington”, segundo detalharam as fontes oficiais sul-coreanas depois do contato entre Lee e Obama.
Fontes militares norte-americanas em Seul assinalaram que as manobras já foram informadas à China, que no passado criticou os exercícios militares de EUA e Coreia do Sul nesta tensa zona marítima, próxima à costa chinesa.
As forças dos EUA também planejam enviar pelo menos quatro navios de guerra para as operações militares, que segundo o Ministério de Defesa sul-coreano são de caráter “dissuasivo” e defensivo frente a Coreia do Norte.
*Com agências
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