O diretor-executivo da Rovio Mobile, companhia finlandesa que desenvolve o popular jogo Angry Birds, afirmou nesta segunda-feira (30/01) que a pirataria não é algo ruim para o comércio formal.
Em Cannes, na França, durante a Midem, conferência anual do setor musical, Mikael Hed disse que a “pirataria pode não ser algo ruim”, pois, “no final das contas, ela pode atrair para nós mais negócios”.
Na ocasião, ele acrescentou que o sucesso de seu jogo surgiu justamente dos erros e enganos cometidos pelo setor: “nós podemos aprender muito com a indústria musical e com os meios relativamente falhos com os quais ela tentou combater a pirataria”.
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“Nós temos algumas questões com a pirataria, não apenas em apps, mas especialmente em produtos de consumo. Existem toneladas e toneladas de mercadorias pelo mundo, especialmente na Ásia, que não são produtos licenciados oficialmente”, lembrou.
Hed disse aos espectadores que, a não ser que haja um prejuízo para a imagem da marca, seria fútil perseguir pessoas que copiam sem autorização o Angry Birds e seus conceitos. Conforme noticiou o jornal britânico The Guardian, ele afirmou que vê qualquer tipo de pirataria como algo que ajuda a marca a atrair novos fãs.
Ainda neste mês, Pablo Ortellado, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, disse em reportagem do Opera Mundi sobre o SOPA, novo projeto de regulação da internet norte-americana, que a argumentação das grandes corporações é fraca, pois “não há provas empíricas de que o compartilhamento de arquivos exerça um efeito negativo sobre o comércio formal. A literatura séria, desvinculada das corporações, é ainda inconclusiva. A pirataria pode, em tese, até auxiliar o comércio regular”.
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