O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone nesta quinta-feira (09/05) com seu homólogo da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, sobre as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia.
Segundo a Presidência turca, Erdogan pediu apoio a “iniciativas pelo reconhecimento do Estado da Palestina”. Além disso, definiu a postura do Brasil no conflito como “admirável”.
Já o Palácio do Planalto destacou que os mandatários “manifestaram afinidade em suas posições sobre a defesa de negociações de paz e em prol de um cessar-fogo” na Ucrânia e em Gaza.
“No caso do Oriente Médio, os presidentes reiteraram sua convergência de visões com relação à defesa da solução de dois Estados independentes convivendo lado a lado, com fronteiras mútua e internacionalmente reconhecidas”, diz um comunicado da Presidência da República.
Ainda segundo o Planalto, o líder turco manifestou “solidariedade” pelas inundações no Rio Grande do Sul e “confirmou que virá ao Brasil para a cúpula do G20”, em 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Biden ameaça corta envio de armas a Israel
A conversa de Lula e Erdogan aconteceu no meio de uma tensão entre os aliados Estados Unidos e Israel. Isso por que o presidente norte-americano disse que seu país interromperá o fornecimento de armas ofensivas a Tel Aviv caso o país mantenha o plano de invadir Rafah, na Faixa de Gaza.
Biden afirmou a medida durante entrevista à CNN após a primeira suspensão do envio de milhares de bombas dos EUA ao aliado.
“Continuaremos garantindo que Israel esteja seguro com o Domo de Ferro e sua capacidade de responder aos ataques recentes do Oriente Médio […]. Deixei claro que se eles entrarem em Rafah, não fornecerei as armas que têm sido usadas historicamente para lidar com Rafah, para lidar com as cidades – que lidam com esse problema”, afirmou sem especificar os tipos de instrumentos bélicos que deixariam de ser enviados a Tel Aviv.
Israel respondeu afirmando que irá continuar o massacre contra os palestinos “mesmo sozinho”.
O gabinete de guerra do governo também convocou uma reunião para discutir os próximos passos após as declarações do presidente dos EUA.
(*) Com Ansa.