O Egito anunciou neste domingo (22/04) que irá interromper o fornecimento de gás para Israel. A Egas (empresa nacional egípcia de gás natural) anulou seu contrato com a companhia EMG (East Mediterranean Group), também do país norte-africano, que exporta gás natural para Israel. O motivo, segundo a Egas, seria falta de pagamento.
A medida, anunciada neste domingo (22/04) pelo presidente da holding, Mohamed Chuaib, teve autorização da autoridade nacional egípcia do petróleo. De acordo com o dirigente, o governo de Israel não tem realizado o pagamento pelo gás “há meses”.
A permissão para a venda de gás a Israel, assinada a partir do um acordo de paz entre os dois países em 1979, sempre foi controversa no país mais populoso do mundo árabe.
O atual acordo para fornecimento de gás para Israel foi realizado durante o governo do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto por manifestações populares em 2011. Israel gera 40% de sua eletricidade com gás natural, e o Egito fornece 43% de seu abastecimento.
O governo israelense declarou que a decisão foi “ilegal e feita de má fé” e acusou o Egito de não fornecer as quantidades de gás previstas no contrato. A disputa agora passará por uma arbitragem internacional.
(*) com agências internacionais
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