Um homem-bomba se explodiu em um estádio de futebol na cidade iraquiana de Alexandria (Iskandariyah), a 50 km ao sul de Bagdá, nesta sexta-feira (25/03), deixando pelo menos 29 pessoas mortas e 90 feridas, segundo autoridades.
O ataque aconteceu durante uma partida de futebol entre dois times locais e foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico através da agencia de noticias Amaq, afiliada ao grupo.
Segundo a Agencia Efe, entre os mortos está o prefeito da cidade, Ahmed al Jafayi, enquanto entre os feridos há comandantes da milícia xiita Multidão Popular e oficiais dos serviços de segurança.
O grupo extremista tem realizado uma série de ataques suicidas em Bagdá e em seus arredores em represália aos avanços das forças iraquianas e seus aliados sobre o território dominado pelo grupo no norte e oeste do país.
A coalizão liderada pelos EUA que atua contra o EI estima que o grupo tenha perdido 40% de seu território no Iraque e 20% na Síria.
#Iraq's army advancing from Makhmur towards Qayyarah district, south of #Mosul. Successful day. Long road ahead. pic.twitter.com/uETdiJu6TK
— Haidar Sumeri (@IraqiSecurity) 24 de março de 2016
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Especialistas e fontes militares acreditam que à medida que o EI sofre derrotas no terreno, os extremistas vão realizar mais ataques aleatórios contra civis no Iraque e em outros países.
EUA dizem ter matado número 2 do EI e querer reforçar presença no Iraque
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, anunciou nesta sexta-feira (2503) que as forças armadas norte-americanas acreditam ter matado o número dois do Estado Islâmico, Abd al Rahman Mustafa al Qaduli.
“Estamos eliminando sistematicamente o gabinete do Estado Islâmico. De fato, matamos vários líderes do EI nesta semana e acreditamos que entre eles está Haji Imam, que servia como ministro das Finanças e era responsável por alguns assuntos externos e operações (terroristas)”, disse Carter em entrevista coletiva.
Carter se referia a Al Qaduli, conhecido por vários nomes, e o descreveu como um terrorista “bem conhecido”, responsável por organizar ações do grupo fora do Iraque e da Síria.
Porém, quando perguntado sobre a morte do integrante da cúpula do EI, Carter admitiu que “líderes podem ser substituídos”.
“No entanto, esses líderes comandaram durante um longo tempo. São superiores, experientes”, acrescentou.
Carter foi acompanhado na entrevista do chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Joseph F. Dunford, que anunciou que ambos consideram que mais militares devem ser enviados para treinar e auxiliar aos soldados e policiais iraquianos em sua luta contra os extremistas.
“O secretário e eu acreditamos que haverá um aumento nas forças americanas no Iraque nas próximas semanas, mas essa decisão ainda não foi tomada”, explicou o general.
Os Estados Unidos contam com 3.870 militares no Iraque, um contingente que treinou 17.500 soldados iraquianos e 2.000 policiais, segundo os últimos números oficiais.
O general concordou com Carter que o “impulso” da campanha nas últimas semanas está a favor da coalizão internacional contra o EI, mas advertiu que a luta está longe de concluir.
“De nenhuma maneira diria que estamos perto de partir a coluna vertebral do EI ou que a luta terminou”, destacou Dunford.
Ambos não deram detalhes da operação de hoje, que, segundo a imprensa americana, ocorreu na Síria.
*Com Agencia Efe