O congresso de El Salvador aprovou, nesta sexta-feira (26/08) o envio de 22 militares ao Afeganistão para colaborar no treinamento de tropas para que a saída das forças internacionais seja acelerada.
A medida, apoiada pelo presidente Mauricio Funes, não contou com o apoio de sua base governista. Todos os deputados de seu partido, a FMLN (Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional), de esquerda, votaram contra.
Entretanto, o decreto foi aprovado pelos 45 deputados dos partidos de direita (Arena, Gana, PDC e PCN).
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Os parlamentares da FMLN disseram que respeitavam a decisão da maioria mas não a compartilhavam, já que apoiá-la seria validar a invasão do Afeganistão.
A tropa deixará o país no dia 28 de agosto e poderá voltar em 23 de outubro, embora exista a possibilidade desse período ser ampliado por um ano.
No sábado, Funes admitiu que o envio de tropas de seu país ao Afeganistão foi um pedido do Departamento de Estado dos EUA. A OTAN (Organização do Tratado do Atlâncio Norte) havia solicitado aos páises membros da ONU que colaborassem com a formação de uma força estabilizadora. Mas, segundo o presidente, o pedido foi feito diretamente pela secretária norte-americana Hillary Clinton.
“Foi um pedido da OTAN intermediado pelo Departamento de Estado (dos EUA). Nos inteiramos dessa situação depois de uma reunião que fiz com a sra. Clinton há alguns meses. Nós o avaliamos juntamente com as Forças Armadas e nos convencemos que poderíamos participar”.
Palestina
Na quinta-feira (25/08), Funes anunciou que o governo de seu país reconhecia formalmente a Palestina “como um Estado livre, soberano e independente”.
O presidente disse que esta decisão “reafirma a importância dos princípios e propósitos estabelecidos na Carta das Nações Unidas e no direito internacional contemporâneo”, além do confirmar o respeito e a promoção da paz e da segurança internacional, a igualdade de direitos e a livre determinação dos povos.
O presidente ainda destacou que “El Salvador, ao ser um país que superou seu conflito armado interno pela via do diálogo e da negociação, sempre apoiou um processo de paz entre Israel e Palestina que conduza à coexistência pacífica de dois Estados com fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente”.
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