Os Estados Unidos executaram o menor número de presos desde 1994, de acordo com o relatório de fim de ano da Death Penalty Information Center, uma ONG especializada em pena capital. Durante 2014, o país liderado por Barack Obama executou 35 detentos em sete estados, sendo Missouri, Texas e Flórida responsáveis por 80% das mortes.
Richard Dieter, diretor-executivo do órgão, explicou à Al Jazeera America que os números historicamente baixos são resultado de mudanças que começaram no início dos anos 2000, quando o advento dos testes de DNA expôs as fragilidades do sistema de justiça.
“Na medida em que os problemas com a pena de morte foram expostos, especialmente com condenações injustas, os jurados se tornaram mais hesitantes em ordenar a pena capital e os promotores foram mais relutantes em buscá-la”, argumentou Dieter.
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Um dos casos que mais chamou atenção da opinião pública em 2014 foi em abril, quando Clayton Lockett, 38, condenado à morte pelo homicídio de uma jovem de 19 anos em 1999, agonizou durante 40 minutos antes de falecer. Ele desenvolveu uma reação à injeção letal aplicada em uma prisão de Oklahoma.
Em 2013, pelo menos 778 pessoas foram executadas em 22 países, de acordo com o relatório anual sobre pena de morte da Anistia Internacional divulgado em março do ano passado.
O número aumentou em 15% em relação à 2012, em virtude do posicionamento político de Irã, Iraque e Arábia Saudita. Nos EUA, a pena capital é oficialmente permitida em 36 dos 50 Estados, bem como pelo governo federal.