Israel autorizou, nesta quarta-feira (14/10), o estabelecimento de uma série de bloqueios em bairros palestinos em Jerusalém Oriental e o envio de tropas de soldados para outras cidades palestinas na Cisjordânia numa tentativa de conter a onda de violência na região.
Agência Efe
O enfrentamento entre palestinos e israelenses está acontecendo desde o início do mês
Nas últimas duas semanas, sete israelenses e 31 palestinos, incluindo crianças e agressores, foram mortos por esfaqueamentos, tiros e outros ataques. A última vítima foi um menino palestino de 14 anos morto por policiais israelenses, nesta quarta, que teria tentado esfaquear um deles.
Em reunião de urgência, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou a polícia a “impor um fechamento em centros de atrito e incitação em Jerusalém, de acordo com as considerações de segurança”.
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Netanyahu também ordenou o aumento do efetivo policial, destinando 80 milhões de shekels (aproximadamente R$ 79 milhões), para garantir a segurança do transporte público em Israel e autorizou o Exército a reforçar o policiamento em outras cidades e nas estradas entre territórios palestinos e israelenses.
Agência Efe
Israel determina bloqueio a bairros palestinos de Jersulalém Ocidental
“O Exército receberá instruções para destacar unidade em áreas sensíveis ao longo do muro de segurança de forma imediata”, informa o governo em nota. Também será dada prioridade para a construção do muro localizado ao longo das colinas ao sul de Hebron, território palestino na Cisjordânia ocupada.
Os conflitos se iniciaram no começo do mês, quando o premiê israelense barrou a entrada de palestinos à Cidade Velha, local onde se localiza tanto o Muro das Lamentações dos judeus, quanto a mesquita de Al-Aqsa. A região se tornou alvo de enfrentamentos entre palestinos muçulmanos e judeus ultraortodoxos desde então. A polícia israelense interveio em diversas ocasiões e chegou a ocupar o templo religioso de Al-Aqsa.