O Equador vai manter suas relações diplomáticas com Honduras rompidas enquanto não houver punição para os responsáveis pelo golpe de Estado de 2009, afirmou nesta sexta-feira (03/06) o presidente Rafael Correa.
O chefe de Estado disse que Quito não voltará a se relacionar com Tegucigalpa “enquanto golpistas estiverem participando descaradamente do governo hondurenho [do presidente Porfírio Lobo] e se mantendo na mais absoluta impunidade”.
O presidente ainda destacou que a posição de seu país permanece a mesma desde o início do conflito, assim “como era a de vários países da América Latina”. Entretanto, contemporizou ao dizer que disse respeitar “muitíssimo” a decisão de retomar os laços bilaterais.
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O Equador foi o único país-membro da OEA (Organização dos Estados Americanos) a votar contra a reincorporação de Honduras ao organismo, pois considera que o país não cumpriu com algumas condições de respeito aos Direitos Humanos.
“'Democracia', 'Estado de Direito', 'devido processo' e 'não à impunidade' não podem ser somente palavras que se repetem nos discursos”, afirmou a embaixadora equatoriana na OEA, María Isabel Salvador, durante a assembleia ordinária que reincorporou o país ao organismo.
Segundo ela, “a impunidade propicia a repetição crônica da violação dos Direitos Humanos”.
Já o embaixador do Brasil na OEA, Ruy de Lima Casães e Silva, apoiou o reingresso do país e comentou que isto indica a “força e a vigência da Carta Democrática” da organização.
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