Um ataque à mesquita do palácio presidencial em Sanaa, capital do Iêmen, matou três seguranças, feriu o presidente Ali Abdullah Saleh e outras autoridades nesta sexta-feira (03/06), informaram agências de notícias internacionais. Ao menos duas bombas atingiram o local, durante as tradicionais orações de deste dia da semana.
O presidente teria sido ferido atrás da cabeça, segundo uma fonte do CPG (Congresso Popular Geral), partido governista. Outra fonte do partido disse à Reuters que ele recebia tratamento em um hospital militar. Mais cedo, a emissora oposicionista Suhail chegou a noticiar que Saleh foi morto no ataque.
Uma fonte ligada à presidência informou à agência France Presse que o ministro da Defesa, general Rashad al Alimi, foi gravemente ferido e está hospitalizado. O premiê, Ali Mohamed Mujawar, o vice-premiê e o presidente do Parlamento, um assessor presidencial e o governador de Sanaa teriam se machucado também. O presidente iemenita deve fazer ainda hoje um discurso à nação.
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Um comunicado oficial afirmou ainda que “os órgãos competentes já iniciaram investigações sobre a traidora e covarde agressão que reflete a ira que guardam os conspiradores contra o povo, a pátria, suas autoridades, a segurança e a estabilidade do país”.
O atentado acontece em um momento de crise política sem precedentes no Iêmen, o país mais pobre da Península Arábica. O governo de Saleh – há 33 anos no poder – enfrenta protestos que já deixaram ao menos 155 mortos nos últimos dez dias, só na capital. Desde janeiro, estima-se que 370 morreram.
Além disso, a capital está em meio a batalhas entre tropas leais ao presidente e a homens ligados ao chefe tribal xeque Sadek Al Ahmar, que se uniu ao movimento de oposição ao regime.
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