A embaixada norte-americana em Montevidéu acredita que a esquerda uruguaia “utilizou” os casos de violações aos Direitos Humanos durante a ditadura militar (1973-1985) para prejudicar a credibilidade dos Estados Unidos, segundo documento revelado pelo Wikileaks.
O relatório traz uma critica feita à imprensa local durante a cobertura da morte do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, em 10 de dezembro de 2006, quando o embaixador dos EUA no Uruguai, Frank Baxter, mostrou sua preocupação com os “grupos uruguaios de esquerda”.
Segundo ele, essas frentes “recorrem cada vez mais aos Direitos Humanos como um clamor unido anti Estados-Unidos”. E o “êxito econômico do Chile ou a ameaça real que representava o comunismo durante a Guerra Fria” eram raramente mencionados.
Baxter escreveu no documento remetido a Washington que a cobertura da imprensa “serviu para reforçar a afirmação local de que os progressistas são os únicos 'verdadeiros' defensores dos Direitos Humanos”, como informou nesta quarta-feira (09/03) o jornal uruguaio El País.
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O diplomata concluiu que a imprensa uruguaia “transpira uma grande quantidade de nostalgia pela presidência de Salvador Allende e deprecia aqueles que lamentam a morte de Pinochet”.
O embaixador afirmou, na ocasião, que “os senadores socialistas e comunistas 'demonizam' Pinochet como se fosse a inspiração para outras ditaduras na região, e os jornais transmitem uma certa alegria com sua morte”.
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