“Estamos tendo práticas verdadeiramente autoritárias nesse processo”. Essa é a avaliação da advogada Valeska Zanin, que integra a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o bate-papo “Brasil sob golpe: Lula preso, e agora?”, ocorrido no último domingo (08/04), na Rádio Brasil de Fato. Também participaram da atividade o jornalista Renato Rovai, a cantora Aíla, a ex-presidente da UNE e integrante do Levante Popular, Jessy Dayane, e o dirigente nacional do MST, João Paulo Rodrigues.
Valeska afirmou que as táticas empregadas pelo juiz Sérgio Moro corroboram a utilização do “lawfare”, termo atribuído ao uso abusivo do Direito. “São coisas que a gente via em processos de exceção, que acreditávamos estar na história”, analisa.
Lula se entregou à Polícia Federal no fim da tarde de sábado (07/04), depois de ampla mobilização no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP).
Agência PT
Em entrevista para Rádio Brasil de Fato, Valeska Zanin afirmou que táticas empregadas por Moro legitimam utilização do ‘lawfare
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Ainda sobre o processo, Valeska destacou a manipulação do Judiciário ao aplicar técnicas incompreensíveis para grande parte da população como forma de manipulação dos fatos. “É um mundo absolutamente alienígena para o cidadão que não faz parte do Direito. É difícil a compreensão. Ainda assim, todo mundo sabe, há algo de errado nesse processo”, afirmou.
Na segunda parte da conversa, Zanin também explicou o que é a medida cautelar protocolada na Comissão dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na última sexta-feira (06/04).
“O ex-presidente Lula é o primeiro cidadão brasileiro a entrar com esse pedido de proteção no Comitê de Direitos Humanos da ONU. Entramos com um processo cautelar para garantir a admissibilidade do comunicado individual, para que a ONU recomende a soltura do ex-presidente Lula e paralise essa arbitrariedade”, disse.
Confira íntegra da entrevista com a advogada:
Publicado originalmente em Brasil de Fato