O governo norte-americano abandonou os esforços para convencer Israel a congelar as construções em assentamentos judaicos em territórios palestinos, segundo fontes da Casa Branca e do Departamento de Estado. A paralisação das obras é uma das exigências dos palestinos para retomar as negociações diretas de paz.
No mês passado, Washington ofereceu a Israel um pacote de incentivos em troca de uma nova paralisação de 90 dias nas construções em assentamentos na Cisjordânia. Mas, segundo fonte do governo, os esforços para convencer Israel fracassaram.
“Nós vínhamos buscando uma suspensão [nas construções] como forma de criar as condições para a retomada das negociações”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley. “Depois de esforços consideráveis, concluímos que isso não cria uma base sólida para trabalhar por nosso objetivo comum de um acordo [de paz]”, afirmou.
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O porta-voz disse, porém, que a decisão não significa que os EUA vão desistir de retomar as negociações diretas entre os dois lados. “Continuamos a buscar a paz no Oriente Médio. Nada mudou”, disse Crowley. Segundo ele, os EUA vão manter diálogos com as duas partes e “continuar a buscar maneiras de criar a confiança” para que negociações diretas sejam reiniciadas.
Retomada
As negociações entre israelenses e palestinos foram retomadas no início de setembro, após quase dois anos paradas, mas acabaram sendo interrompidas poucos dias depois, quando as construções em assentamentos na Cisjordânia continuaram.
Os assentamentos em territórios palestinos são considerados ilegais pela lei internacional, mas essa interpretação é contestada por Israel. O processo de paz deverá ser abordado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em um discurso na próxima sexta-feira (10/12).
Também está prevista a presença de negociadores palestinos e israelenses em Washington, na próxima semana.
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