Após uma reunião com o presidente hondurenho, Porfirio Lobo, o subsecretário norte-americano para a América Latina, Arturo Valenzuela, informou que a reintegração de Honduras à OEA (Organização dos Estados Americanos) está condicionada ao retorno de Manuel Zelaya ao país, informou a argentina de notícias argentina Télam.
“Para que Honduras volte à Organização dos Estados Americanos, [o ex-presidente] Zelaya tem que ter voltado ao país”, afirmou, na noite desta segunda-feira (6/12), o encarregado da diplomacia norte-americana.
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Zelaya foi tirado da Presidência no dia 28 de julho de 2009 por um golpe de Estado e foi preso pelo Exército, que obedecia determinação da Corte Suprema de Justiça. Como forma de reprovação, a OEA, entidade da qual fazem parte 33 países do continente exceto Cuba, suspendeu Honduras, que na época ficou sob o governo de Roberto Micheletti. Em eleições realizadas em janeiro deste ano, Lobo foi eleito e assumiu o cargo.
No encontro com Valenzuela, Lobo admitiu que a ausência do ex-presidente em Honduras é uma das causas que impedem o retorno do país à organização. Ele disse também que recebe constantemente pedidos semelhantes de presidentes sul-americanos. Em entrevista à emissora hondurenha TVC Canal 5, comprometeu-se a viajar à República Dominicana, onde Zelaya está desde 27 de janeiro de 2010. Zelaya, por sua vez, afirma que voltará a Honduras somente se forem suspensas as ordens de prisão e todas as acusações que pesam sobre ele.
Logo depois de falar sobre a situação de Honduras na OEA, Valenzuela disse que os Estados Unidos estão pedindo ao governo hondurenho que melhore a situação dos direitos humanos no país. Uma série de assassinatos de jornalistas e profissionais da área jurídica tem ocorrido em Honduras e organizações defensoras de direitos humanos afirmam que muitos crimes políticos após o golpe de Estado continuam sem ser investigados.
Valenzuela e o presidente Porfirio Lobo disseram que durante o encontro conversaram sobre os documentos da diplomacia norte-americana vazados pelo site Wikileaks. Os documentos dizem que a Embaixada dos Estados Unidos em Honduras classificou o golpe de Estado que depôs Zelaya como uma “conspiração” e que a “apropriação do poder por Roberto Micheletti foi ilegítima”.
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